segunda-feira, 16 de julho de 2018

Praga - Prague - Praha

Talvez seja um roteiro bem tradicional entre os Europeus, mas ainda é relativamente novo entre a maioria dos Brasileiros que ao pensar "Europa" vem, Londres, Paris, Roma e quando muito Lisboa e Berlin. Não desmerecendo nenhuma dessas, longe disso!
Mas o leste europeu ainda é um cenário pouco explorado perto do restante, confesso que eu mesmo só acabei indo porque pessoas próxima me mostraram as fotos e caiu no meu encanto.
Saímos de Berlin rumo a Praga. Foi tranquilo, salvo o fato da chegada, não lhes minto, a Capital de República Checa e a fama dos eslavos me deixou meio apreensiva de "pqp como vou tirar eu e meus pais dessa estação de trem onde raios ninguém fala inglês, socoooorrroooo"
Resumo, pagamos um taxi olho da cara, mas chegamos no hotel sãs e salvos, e com a ciência que ainda tinha dinheiro pra torrar.
Largamos as coisas e fomos dar aquela voltinha esperta.






Uma das principais atrações da cidade é sem dúvida o Relógio Astronômico. Dei uma roubadinha básica no texto da KLM Guia de Viagens:

O relógio astronômico de Praga, feito pelo relojoeiro Mikuláš não é só lindo de se ver, é também um dos relógios mais antigos e mais detalhados já fabricados no mundo. Esse relógio na fachada da Prefeitura é uma das principais atrações de Praga. Além de marcar as horas, ele também indica as fases da lua e o movimento das estrelas.
A obra-prima foi instalada em 1410 e reconstruída em 1490 por outro relojoeiro, Mestre Hanuš. Por muitos séculos acreditou-se que ele era o criador do relógio, até que se achou um documento em 1961 que revelou a verdadeira história. O relógio é formado por três componentes principais: uma esfera astronômica que indica a hora e a posição do sol e da lua, uma esfera com medalhões que representam os meses, e um mecanismo que mostra aos espectadores a cada hora a procissão dos Doze Apóstolos.
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O que eu posso dizer pra vocês é, esperem dar hora "redonda" vale a pena. Sem spoiler.




Decimos fazer um walking city tour no dia seguinte, (só tinha em espanhol) para aproveitar melhor e entender tudo que a cidade tinha pra ofertar.

Berlin, sucintamente.

Definitivamente eu não deu muita sorte com Berlin, cheguei com dor de cabeça e assim fiquei até o dia seguinte.
Mas não atrapalhou muito, apenas me fez ficar meio sequelada e não entendi o lado que ficavam os famosos muros de Berlin pintados divertidamente...
Tínhamos aquele famoso "hop on hop off" que quando você tem pouco tempo ele faz você ter noção bem geral da cidade.

Visitamos o KeDeWe um mega shopping, mesmo não sendo fã, te digo que valeu a pena...

Topografia do Terror... eu acho que dispensa legendas... mas é um museu parte a céu aberto, sem custo de entrada, que relata os fatos em fotos da época do Holocausto. Não, eles não parecem gostar não.




Gendarmenmarkt é uma praça localizada no centro histórico de Berlim.


Passamos por diversos pontos da capital Alemã, mas eu vou te dizer que foi a maior ratiada da viagem, não ter lido mais sobre Berlin, fiquei meio perdidona.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Berlim, vai além do muro.

Primeiramente, sobre viagens em trem noturno:
Pode ser sim uma boa saída, mas te digo, não foge de uma noite no avião, ou seja, você chega bem cansado e no meu caso, no final das contas aproveitei meio pouco.
O check in era as 15h, nós loucos por um banho, então, assim, avalie bem...

O transporte publico na Alemanha é muito bom, tudo muito fácil, e com algumas informações conseguimos acertar o ônibus e descobrir onde descer. Eu preciso lembrar que isso foi em 2014 e eu  não tinha ainda um smart phone, e mesmo assim deu tudo muito certo. (até então)

Ficamos na região da Alexanderplatz, deixamos nossas malas do hotel, e sinceramente não lembro, mas acho que pegamos um ônibus e fomos passear, até a hora do check in.

Invalidenfriedhof

Invalidenfriedhof

Brandenburger Tor

A ideia dessa foto era ter #reichstag "hashtag - reichstag" mas não colou hehehe
Era inevitável que um dia tão puxado ia dar cansaço que gerou um boa enxaqueca... passamos o resto do dia no hotel, mas felizmente descobrimos que tinha um HB quadras do hotel e lá jantamos alegres e felizes...

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Museu da BMW e parque Olímpico de Munique

Como eu havia mencionado tínhamos planejado ir à um campo de concentração. Mas o clima parecia tão pesado, e desistimos.
Na busca de mais sugestões interessantes, fomos ao Museu da BMW, e desde já, recomendo, incrível para todas as idades.
Fácil de chegar, alias, Munique dispensa dicas de transportes, nos viramos super bem pois é tudo muito bem sinalizado.
Não lembro quanto custou o museu, mas acho que foi 6 euros na época.
https://www.bmw-welt.com/en.html eis o site oficial.
Visite o museu com calma, mesmo que você não seja fissurado por carros você vai curtir.
A BMW - Baverische Motoren Werk, ou em português, Fábrica de Motores da Baviera, e inicialmente fabricava aviões. Inclusive uns dizem que o simbolo, representa uma hélice em movimento, outros que são as cores da Bandeira da Baviera. Bacana que ambos fazem sentido.



Saímos e fomos visitar o Parque Olímpico de Munique, que foi sede em 1972.
Acredito que não conseguimos ver 1/3 do parque, mas é um passeio leve e muito agradável. Em clima de férias sem correria...



Esporte divertido esse... queria ter feito...
Nessa partida para Berlin era no trem da noite. Então aproveitamos bem o dia
Não tenho plena certeza do porque, mas acabamos visitando novamente o Englischer Garten.

Pegamos o trem noturno, e assim terminamos nosso tempo em Munique.

Um post de Natal, pra você pensar...

“Crônica dos 11 meses”

Eu vou contar pra vocês uma história, ou melhor, um ponto de vista, que pode ser que você se identifique ou não, ou lembre de alguém que conhece, ou um mix dos dois. Ou você pode ser ateu e nada disso fará sentido algum.
Geralmente quando se conta algo com riqueza de detalhes, é porque ou é você, ou tem alguém perto. Nesse caso, sou um mix.
Vou contar pra vocês meu ponto de vista sobre o particular mês de dezembro, especificamente aqui no Brasil. Por que no hemisfério norte, as coisas não são bem assim em dezembro porque é frio, eu acho.
Chega esse mês, e é mágico como as coisas acontecem, escrevo esse texto, em 24/12/2017, com um ar particular de quem passou uma véspera de Natal bosta no sentido comercial da coisa. Não fiz nada, absolutamente nada de diferente de outras vésperas de feriado. Jantei uma janta normal, tomei meu banho normal, coloquei uma roupa normal e dei boa noite pro meu cachorro como todas as outras noites. Aliás, deixem-me abrir um parênteses sobre os cães, interessante como eles reagem ao Natal... sabe como? Eles não mudam! Legal né?! Ou, mudam, porque ficam incomodados com os fogos. Mas eles estão aí, sempre te esperando e o único interesse material deles é a comida, o que não deixa de ser uma necessidade básica né?
Mas foco. Estava falando do Natal bosta do ponto de vista comercial, do ponto de vista “Natal é amor luz, paz, e bla bla bla” a meta fui cumprida, desfrutamos de uma janta saborosa, tomei um banho quente que muitos não têm, e coloquei roupas confortáveis e deu boa noite do serzinho mais amável da casa, meu cão.
Estranho pensar que dezembro seja um mês tão mágico, onde as pessoas conseguem fazer em nem 31 dias tudo aquilo que tiverem tranquilos 11 meses para fazer.
As pizzarias lotam, a generosidade explode, brota parente até de 5º grau, as distâncias ficam mais curtas, gastamos o que não temos para comprar presentes as vezes até pra quem não gostamos porque você não disse não pra o amigo secreto, mas o tempo, esse é realmente mágico! Damos um jeito de participar de praticamente todos os eventos, até dar sopa pros sem teto nós vamos. É mágico como 31 dias em dezembro são mais longos que 11 meses do resto do ano.
O mais mágico nisso, é saber que a noite de natal, ganha um x completo na sua agenda de ocupado, mas 1h de uma terça em maio depois do trabalho, “vai te tomar muito tempo” e você não poderá ver aquela velha amiga que queria te contar algumas novidades... talvez ela estivesse em depressão e quisesse teu ombro, mas o seu tempo é tão precioso não é mesmo, e afinal de contas é maio, temos “o ano todo ainda né”.
Interessante como você se desloca as vezes quilômetros pra ver os seus parentes (alguns que as vezes você nem gosta) no dia 23 de dezembro, mas nos outros 11 meses você não foi tomar o chimarrão que sua vizinha tanto lhe chama, você gosta dela, mas ela mora ali do lado, outra hora você vai...
O tempo definitivamente tem valor agregado em dezembro.
Quando você olha que ainda não limpou a casa como gostaria, magicamente o primeiro sábado de manhã  em dezembro que você pode, você faz como se não houvesse amanhã, mesmo que para isso você precise desmarcar aquela saída com a ex-colega de trabalho, afinal de contas, uma casa limpa é uma casa limpa. Sua ex-colega pode esperar, afinal não marcaram o ano todo, pode ficar pra janeiro, ops, janeiro não dá, ela está de férias. Então em fevereiro, ah, não dá, aí você que está. Bom fica pra Março... mas daí tem as aulas... e lá se vão 11 meses.
Vocês essas alturas vão dizer, “mas eu saio com meus amigos e familiares nos outros 11 meses também” eu vou te dizer, “ainda bem”. Mas a minha questão nesse momento, é a grande hipocrisia que as vezes vivenciamos, como se uma data/ mês específico fossem dogmas. Nos vemos por vezes “forçados” a seguir algumas coisas que não estávamos querendo somente para cumprir tabela, quando na verdade deveríamos fazer apenas por amor e ponto final.
Se eu estou falando, é porque sim, eu já fiz ou senti quase tudo isso.
Procrastinamos coisas por mero capricho e preguiça e acatamos coisas por formalidades.
Você não tem obrigação se aceitar todos os convites que lhe são feitos. Mas não seja sínico a ponto de usar a desculpa do seu tempo, e depois se quebrar em 78 pedaços para dar cabo de sua agenda mágica de dezembro.
Em meado de setembro/outubro desse ano, me vi saindo do trabalho e indo para o hospital ver um ente muito querido para mim. Eu chorei quando cheguei lá, e pensei, “poxa, hoje eu arrumei um tempo, pra vir aqui, porque diabos nos outros dias anteriores a esse eu não fiz isso se eu gosto tanto dessa pessoa?” busquei desculpas, não encontrei, na verdade sim, era a desculpa dos 11 meses...
Encontramos tempo quando queremos. Lógico, vez ou outra as coisas estão sem possibilidade de conciliação. Mas não posso acreditar que em 11 meses isso nunca seja possível.
Assim, teoricamente, se você não achou tempo, é porque no fundo talvez a relevância disso pra você seja pouca. Então não iluda a pessoa, e seja franca. O universo se encarregará do resto e as coisas vão, ou não acontecer naturalmente.
Você nessa altura deve estar pensando que “cara, eu quero ver fulano, mas tá foda... e ele não me procura” eu te pergunto “você procurou também?” ou ainda, você está pensando, “mas não é que eu não queira, mas é que......” daí você não achou justificativa. Apenas desculpas.
Eu já dei toco em algumas pessoas, por preguiça pura. E levei toco, certamente por preguiça.
Eu já neguei uma jantar com a desculpa de não ter grana. E já ouvi essa desculpa. (Se bem que essa hoje em dia...)
Eu já baixei a guarda e procurei um velho amigo. E já pude me sentir surpresa com um “oi” daquele sumido.
O que eu quero abrir os seus olhos, como eu mesma consegui abrir os meus, é pra que use melhor o seu tempo, e dê valor pras pessoas que te procuram. Se esforce um pouquinho, eu tenho certeza que todas as vezes que você fez isso, você deu boas risadas e voltou mais leve pra casa.
Eu fui assaltada em julho de 2016, quando voltava de uma janta da casa de amigos meus. Era noite, e eu voltava leve e feliz por ter dedicado um pouco do meu tempo pra pessoas que eu gosto. Se me perguntar se eu pudesse voltar no tempo,  se eu deixaria de ter ido lá, e teria ido direto pra casa, ou algo assim, eu te digo que a única coisa que me arrependo é não ter ficado mais, pois talvez os assaltantes teriam já passado. Eu faria tudo de novo.
Era um dia frio, plena quinta, os dois arrumaram tempo em seus dias corridos com seu bebê de apenas 3 meses, eu podia ter dito que ia pra casa, tomar meu banho quente e me acomodar. Mas ambos se esforçaram e fizeram acontecer.
Depois desse assalto eu ainda tive uma visita de muitos deles aqui, eles poderiam apenas ter me ligado, mas eles dedicarem tempo, e vieram me mostrar que poderiam ter levado tudo, mas não me tiraram essas coisas maravilhosas e intangíveis.
Quando comecei a escrever, talvez você tenha pensando que seria um texto apenas cheio de queixas, mas quero mostrar justamente o contrário, mostrar como é bom quando você vive um dia de cada vez, cada dia do ano independentemente do mês e tampouco do próprio ano. A dimensão tempo, está aí. Cães e gatos sofrem o efeito do tempo. Mas não sofrem o efeito das datas.
Eu quero te mostrar que você tem 12 meses para ser feliz e fazer feliz.
Quero te mostrar que dia tem 24 horas e amanhã pode ser tarde. Que aquele chopp depois do trabalho poderá ser a última vez, mas pode ser a primeira de tantas.
Não estou te impedindo de ter um domingo do dia da “fazer nada” mas estou te lembrando que tem gente que aprecia sua companhia.
Tampouco estou te julgando se você curte um forever alone, mas se voltar no início, vai ver que eu disse que isso podia não se encaixar...
Bem como, se você for ateu/agnóstico, e não dá a mínima pro Natal e afins, e logo você deve viver 12 meses, 365 dias e ponto, e talvez seja muito mais amoroso que muitos religiosos por aí.
Eu quero mostrar pra você, que se sua agenda é mágica em dezembro, ela pode ser mágica em abril, em maio, em setembro. As 14h do sábado ou as 19h da quarta.
Você não precisa sair torrando todo seu dinheiro amanhã e chamando todos seus amigos pra beber, nem você precisa ir todos os domingos na sua tia de 84 anos. Só estou te dizendo pra quando as coisas acontecerem você parar por 1 minuto e pensar bem, e ver se vale a pena dizer não, quando você pode dizer sim, pra vida.

FELIZ NATAL. 

Este texto é uma reflexão de variados momentos vivivos ao longo da vida, coisas que fiz e coisas que senti. Minha intensão é tentar não fazer que pessoas se sintam como eu me senti quando vivenciei o momento mencionado no hospital, não cheguem a tal ponto. Mas que se chegarem, tomem atitudes pra ajustar isso. Felizmente eu tive tempo...

Elen Concari de Aguiar, 24 de Dezembro de 2017.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Quando os 7 X 1 ficam até divertidos... HB - HOFBRÄUHAUS.

Como vinha comentando no post anterior, fomos jantar no HB - HOFBRÄUHAUS.
Deixe-me só voltar um ponto.
Sei lá como eu não tinha lido sobre tal... ok, ninguém é perfeito. Estava enferrujada.
Mas fui dar uma olhada sobre mais sugestões de locais pra ver em Munique, uma vez que desistimos de ir ao Campo de concentração, o qual levaria o dia... e me deparei com mais algumas sugestões e dentre eles esse local pra jantar e divertir...

Chegamos ao HB. Logo de cara, me apaixonei, me senti naquelas festas de colônia com mesas gigantes com gente que nunca vi na vida mas que parecia que fazia anos que conhecia... musiquinha alemã e eterno oktober... acho eu hahaha



Pai, com um boné da Seleção Brasileira de Futsal... bem, só de estar na Alemanha depois dos famoso 7x1 era muita coragem... hahahah
Pedimos 1 chop, e comida típica... e pretzel. Eles olharam quase rindo quando pedimos 1 chop, e pequeno pra nos 3.
O boné chama atenção de alguns rapazes da mesa ao lado... que apontam e dão risada falando em alemão algo que deduzo que seja "7"...
Então o pai, resolveu interagir e percebemos que a brincadeira era pois, justo no boné tinha 7 bolinhas (das vezes que o Brasil, no Futsal, foi campeão, ou algo assim...) mas eles estavam rindo, porque por coincidência, eram 7, dos 7 x 1...
Meti um english e rolou uma rápida e divertida conversa...
A fissura dos alemães era tanta, que um deles até tatuado tinha 4 estrelas no peito (do tetra da Alemanha)
Só pra finalizar, no dia seguinte, ainda encontramos eles no parque e passaram gritando em alemão "Brasileiiiiirooooo"...



E esta á a historinha que precisava lhes contar...

Munique, old and new, mas sempre bela!

Eu definitivamente moraria lá!
No segundo dia, tinha por planos ou ir num campo de concentração, ou passear pelo centro e alguns locais...
Vamos primeiro ao belo!
Começamos fazendo uma visita (só externa) no Palácio de Nymphenburg, de arquitetura barroca, servia de residencia de verão para os governantes da Baviera.
Muito fácil visitá-lo, pois o sistema de transporte é fantástico, e você nem precisa saber nadica de alemão, se souber um pouco de inglês, logo vai se ligar que muitas palavras são similares inclusive...
Não entramos, mas só a parte externa já valeu o passeio.


Desculpem o horizonte ficou meio torto.
 Saímos dali, e seguimos passeando mais um pouco, pelo centro de Munique, e pelo Hofgarten... como já falei 57516489 vezes eu acho, acho até que estou mega chata com isso, mas a viagem fez 3 anos então alguns detalhes se perderam... mas Munique é tão magicamente tranquila, que ela por si só é um atrativo.




Vista da St. Peterskische 



Hofgarten
Saindo desse área, seguimos até o Englischer Garten, é um parque público E-NOR-ME.
Muita, muita área verde, o parque por si só não chega ter taaanta coisa, mas vale a pena a visita com certeza.
Eu confesso que devia ter lido ainda mais, mas a surpresa que tive nesse parque (um dos motivos da visita) vale a pena.
SURF. Sim, surf.
As imagens falam por si.



O dia foi cheio, hora de voltar pro hotel e ver local pra Jantar... Eis que descobrimos o HB (também não sei como não tinha lido isso antes... na verdade eu usei um livro, que dá muitas dicas, mas logicamente não todas, e sério, algumas coisas acho que passaram batidas ao ver a net... bom, mas enfim, não adianta enfiar desculpas...)

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

A Baviera e alguns de seus Castelos

Quando decidi o roteiro e inclui Alemanha, claramente não tinha como ficar de fora Munique, e por quê??? Bem, havia lido um pouco e vi que tinha um belíssimo castelo de nome qual não tinha nem ideia de como pronunciar, que ficava na região próxima a Munique.
Dentre os passeios que eu tinha direito, quando vi que o Castelo de Neuschwanstein era uma possibilidades, nem pestanejei e escolhi.
Chegou o grande dia. E estava chovendo. Eu quase chorei. Mas respirei e fui.
Era uma excursão e tinha guia em português no ônibus através de fones. Partimos.

A primeira parada http://www.schlosslinderhof.de/ Palácio de Linderhof.

Uma copiadinha do WP: O Palácio Linderhof (Schloss Linderhof) é um palácio real na Alemanha, construído entre 1869 e 1878. Fica localizado nas proximidades de Oberammergau e da Abadia de Ettal, no sudoeste da Baviera.
É o menor dos três palácios construídos pelo Rei Luis II da Baviera, mas o único que o monarca viu concluído.



Antes de ir para o ápice do passeio, passamos em uma cidade de Oberammergau  sugiro que coloque no google tradutor pra saber como se diz, cidade tão tão fofa!!!
Uma loja de lembrancinhas e cucos tão linda que estou pra ver igual...
Ficamos um tempo ali, e seguimos.
Mais uma copiadinha: 

Oberammergau tem também uma longa tradição na escultura de madeira. As ruas contêm dezenas de oficinas que vendem imagens religiosas, relógios, brinquedos e peças humorísticas. Além disso, fabricam-se localmente os típicos chapéus bávaros.

Também é conhecida pelos seus prédios pintados com motivos religiosos ou de contos de fada



Saindo desta bela cidade partimos para o Castelo de Neuschwanstein. http://www.neuschwanstein.de/englisch/palace/
Vocês me desculpem mas o Wikipedia, não é ruim não, só não pode ser verdade absoluta ok?
Sobre esse lugar fantástico, primeiro devo dizer que parou de chover, e segundo devo dizer que vale a pena o deslocamento. Sério, se for até Munique, por favor, vá até esse local.

O Castelo de Neuschwanstein (em alemão Schloss Neuschwanstein) é um palácio alemão construído na segunda metade do século XIX, perto das cidades de Hohenschwangau e Füssen, no sudoeste da Baviera, a escassas dezenas de quilômetros da fronteira com a Áustria.

Foi construído por Luís II da Baviera no século XIX, inspirado na obra de seu amigo e protegido, o grande compositor Richard Wagner. A arquitectura do castelo possui um estilo fantástico, o qual serviu de inspiração ao "Castelo da Cinderela", símbolo dos estúdios Disney. Apesar de não ser permitido fotografar o seu interior, é um dos edifícios mais fotografados da Alemanha e um dos mais populares destinos turísticos europeus, além de também ser considerado o "cartão postal" daquele país.


Chegando, logo eles informam como funciona: tem 3 formas básicas de subir até o Castelo, a pé, de charrete ou de ônibus. Escolhemos ônibus.
Chegando lá, vc retira seu "ticket" e aguarda o número de chamada de sua turma em um painel.
Masss antes de chegar ao Castelo, vá até a ponte (eu não lembro o nome dela, mas você saberá). Lá sim, você tem a MELHOR vista que poderá ter do Castelo, eu até diria que isso é mais lindo que o Castelo dentro em si. Até pq dentro você não pode fazer fotos... Se eu tivesse lido algo assim, teria "perdido mais tempo" na ponte... mas não deixe de ir no Castelo.
Eu não lembro de valores mas creio que na casa de 12 euros o ingresso pra visitação do castelo, mas há combos para os 2 castelos e afins...






Hohenschwangau - palácio de infância do "Rei Louco"

Tirei uma foto de um quadro pra poder ter uma outra vista... hehehe

Sinceramente não lembro, mas sugiro ver se é possível levar água. Sempre é cara nesses locais.... leve moedas também pro ônibus e entre logo na fila!!!

Traditional Gaelic Blessing

May the road rise to meet you,

May the wind be always at your back.

May the sun shine warm upon your face,

The rains fall soft upon your fields.

And until we meet again,

May God hold you in the palm of his hand.

May God be with you and bless you:

May you see your children's children.

May you be poor in misfortune,

Rich in blessings.

May you know nothing but happiness

From this day forward.

May the road rise up to meet you

May the wind be always at your back

May the warm rays of sun fall upon your home

And may the hand of a friend always be near.

May green be the grass you walk on,

May blue be the skies above you,

May pure be the joys that surround you,

May true be the hearts that love you.

O PORTO (Uma pequena grande história de porque tudo isso...)

A tomada de uma decisão que faz-se equivalente a um divisor de águas em nossas vidas, pode trazer-nos muitas expectativas as quais nem sempre se realizam... No meu caso, decidi ter a experiência de ir para Irlanda, Dublin, num pais que fala-se outro idioma (o inglês), o qual, por sinal sei muito pouco. Bem, acho melhor começar desde de o começo...
Em meados de 2008, acho que foi final de Abril, um amigo de Jéferson, meu namorado, foi até a casa dele e o convidou para ir com a banda deles a Portugal. A idéia era ficar 6 meses, estudando e fazendo alguns shows pela Europa. Meu namorado já havia pensado nisso na sua adolescência, mas ainda não tinha parado e verificado a real chance.
Já eu, tinha o sonho, de até meus 22 anos, passar um tempo fora do Brasil. De início queria Cuba, depois Espanha, depois México, mas realmente não tinha pensado em Portugal. Pois bem, ele ficou pensativo. Como seria? Os dois longe? Eu me importaria? Foi aí que eu disse “e eu não posso ir junto?” e aí ambos tivemos a surpresa feliz, além de irmos “namorando”, tínhamos ganhado um parceiro de viagem...
Fomos então ver como funcionava irmos pela UCS... para qualquer país que não fale-se português, teríamos que fazer uma prova de proficiência e atingir um resultado muito bom... nem tentamos, seria perda de tempo... Então vamos lá! Portugal... E aí a primeira chateação: para o 2º semestre de 2008, não havia mais tempo. Desistir? Não! Eles apenas teriam que arrumar outro baixista para ir com a banda... Acho que no fim, só foi mesmo o cara que convidou...
Depois disso, surgiu outro plano, ir com banda dele, mas não no 1º semestre de 2009, no 2º, para banda se preparar... Eles teriam 1 ano e 4 meses para isto... E para onde iríamos? Bragança, uma cidade no Norte de Portugal, pequena mas muito bonita. Tentaríamos os quatro, eu, ele e os dois amigos da banda.
E foi assim até Março de 2008, “preparando”, pesquisando. Bragança seria mais fácil, pois fomos informados que não havia procura para lá, então não haveriam concorrentes. Não era uma cidade tão famosa, portanto, não tinha um custo de vida muito alto, o que para nós seria ótimo, já que na Europa tudo é mais caro...
O tempo passou, até que bem rápido, e chegou o “dia” de irmos ver para nos inscrevermos... nesse meio tempo, já desconfiávamos que os dois amigos do Jéferson, não iriam, mas nós dois não iríamos desistir. Pois aí que tivemos a segunda chateação: não havia mais convênio com o Instituto Politécnico de Bragança, assim, só nos restava: o Porto.
Porto é uma das cidades mais turísticas de Portugal, cidade litorânea, onde também são fabricados os famosos vinhos do Porto. Assim, já ficaria ao menos uns 30% mais caro para se viver. Mas ok. Vamos lá... não seria um custo de vida um pouco mais elevado que iria nos impedir!
Mas aí vem a terceira chateação. Não haviam nem 3 dias que tinha ido lá e ficado sabendo de Bragança, e eis que ouço um zum zum zum “a UCS quer cobrar 12 créditos do curso para os estudantes fazerem intercâmbio”. Nossa! Doze créditos, aumentava para mim uns R$ 2.500,00 e para Jéferson uns R$ 4.000,00. Daí sim, estávamos de certa forma condenados a não irmos, ao menos não agora! Foi a primeira vez que chorei por causa disso.
Revolta vai, revolta vem, manda e-mail, manda ofício. Até que uma boa notícia: não vão cobrar ainda isso. Pensamos “ufa” e começamos a ver todos os documentos necessários. Na correria de tudo, uma quarta chateação, era um pré-requisito ter 50% do curso concluído, eu tinha eles exatos, mas meu namorado, em torno de 43%... será que daria? E conversa vai e vem, ele pôde se inscrever, mas ficou com um pé atrás.
Em 9 de Junho, numa terça de tarde, fomos num evento de pré-embarque da UCS e ficamos sabendo que da faculdade dele, a Fernando Pessoa, tinham duas vagas, e dois inscritos, ele e uma menina também da Engenharia Ambiental. Da U. do Porto, tinham 10 vagas, e 5 inscritos, eu e mais 4 meninas, cada uma de nós de cursos e áreas diferentes. Depois de saber que tinha sido “selecionada” pela UCS, foi uma das minhas primeiras alegrias. Porém, achei estranho, 2 meninas da U.P. já tinha recebido carta de aceite. Mas eu e mais duas, nada... ainda assim, a esperança é última que morre, mesmo embora eu soubesse que uns 80% das pessoas inscritas, dos mais ou menos 60, já haviam recebido resposta, ou ao menos um e-mail, eu não desanimei.
Foram se passando os dias, até que em 18/6 fui ver se eles sabiam de algo, e fiquei sabendo que a carta dele já estava a caminho: ele tinha sido aprovado, fiquei feliz, mas também fiquei sabendo em seguida que a minha e mais uma menina da U.P. estava sob análise ainda. Fiz a matrícula. Demorou mais umas 3 semanas e a carta dele chegou por e-mail.
Neste meio tempo, me comuniquei com a outra menina que esperava resposta como eu. Pude compartilhar o sentimento de angustia com alguém, isso fez muito bem... Mas uma coisa era real, algo estava me deixando pensativa. Eu pensava que iria dar certo, mas tinha um palpite que não. Sexta, dia 10/7, procurei no site da U.P. informações... o que tenho a dizer... fiquei muito deprimida, vi que para o curso de economia, o qual eu estava inscrita, (já que o curso de Administração de Empresas é um curso de pós, então se faz Economia e Gestão) só tinham 8 vagas para América Latina, e o pior, com preferência para inscritos em outro tipo de programa, ou estudantes da área, que na realidade, a minha não é exatamente economia...
Para valer, foi a segunda vez que chorei. O Porto, estava ficando cada vez mais longe. Contudo, eu ainda tinha esperança que estivesse “lendo” as informações de forma equivocada. Mas já estava me preparando, mas eu tinha que parar de ser egoísta...
Segunda, dia 13/7, acordei pensando o que seria um dia bom, já que na noite passada, havia implorado uma ajudinha dos céus, para que eu tivesse essa semana, uma resposta. Seja ela qual fosse! Realmente, foi uma segunda bastante agradável, pude adiantar alguns papéis para o visto e recebi a última nota que faltava da UCS, um 4 em RH2. Terça, comecei o dia com mesmo pensamento, estava além de tudo feliz porque ia folgar sexta, quinta de tarde ia pra minha vó, campo, ar fresco, tranqüilidade, mas no meio da tarde, começou um angustia fora do normal, um “não sei o que” tão monstruoso que fez eu roer minhas unhas (de novo) de uma forma que fazia tempo que não fazia.
Na terça ainda, mandei um e-mail pro pessoal do Intercambio da UCS, perguntando, se “será que não está demorando porque pedi muitas matérias, e eles não podem aceitar... diga que não farei todas, é só pra ter mais opções...”. De noite nossos vizinhos jantaram aqui, foi muito agradável, conversei sobre a viagem, mas não deixava de colocar um “se” na frente de cada frase que se referia a minha viagem, na verdade o tempo inteiro foi assim. Na quarta de manhã, acordo com o telefone, dei um salto da cama. Era o Jeferson, tinha ido a POA, se informar sobre o visto, e iria ao aeroporto autenticar a carteira de vacinação, etc. Ele me ligou e falou que só estavam marcando o visto pra depois de 13/8, com mais aproximadamente 40 dias mais, só iríamos viajar final de Setembro, fiquei apreensiva já que nem sinal da minha carta.
Resolvi ligar para o consulado, agendar uma data, como se tivesse tudo certo, caso não desse, eu desmarcava. Acabei ligando e caiu num outro local, tentei novamente, e deu ocupado, achei que o número podia estar errado, então liguei para informações de Caxias, mas eles não tem dados de POA. Aí que eu fiz a ligação mais horrível da minha vida até hoje. Liguei para o escritório de intercâmbios, para confirmar o número do consulado. Quando comecei a explicar a idéia, a moça do outro lado da linha começou mais ou menos assim: “Elen, a gente recebeu teu e-mail, e na verdade a gente já tem uma resposta (essas alturas eu já sabia)... é infelizmente foi negativa...” o meu coração nunca bateu tão rápido e descompassado. Vi o quanto o ser humano não está preparado para receber um não, ainda mais quando é um não para um sonho, uma expectativa. Apenas consegui pedir porque, ela respondeu, era sobre as 8 vagas, muita gente recebeu não, eu fui uma dessas pessoas. Eu disse que já sabia. Disse com a maior das falsidades que pude encontrar: “é né, fazer o que... não deu não deu”. Desliguei.
Agora vem a realidade. Gritei. Gritei um “que meeeeerda” tão alto, que não sei como os vizinhos não vieram ver. Coisas voaram nas portas do guarda-roupa, tive vontade de rasgar todos os papéis que falavam do intercâmbio. Chorava. Chorava como se tivesse perdido um ente querido. Chorava de raiva. Senti muita raiva, porque deixar a gente esperando tanto tempo para dizer não. Fui tomar banho. Chorei mais, quebrei o cabo da minha escova de cabelo quando atirei ela no chão. Agradeci, afinal, eu tive uma reposta na semana que queria, e o melhor, estava em casa. E o tempo todo, a minha cachorrinha Luna, ficou ao meu lado, não podia dizer nada, mas colocava as suas patinhas da frente na minha perna e deitava sua cabaça na minha coxa... chorava de ver ela ali comigo...
Voltando a minha breve conversa por telefone, com a moça da UCS, no final da conversa, ela mencionou que se desejasse eu podia passar até 3 meses em Portugal como turista, sem visto, ou então, tentar outro intercambio, por outro meio. Enquanto tomava banho pensava... fui trabalhar. Peguei o ônibus, e fui em pé. Não sorri o tempo todo. Cheguei no serviço, pude dissimular bem, acessei meu e-mail, e li a tal resposta. Tinha de olhar para cima para não chorar de novo. O dia não rendeu nada, porém não perdi tempo, mandei e-mails pras 3 operadoras de intercambio que conhecia. Uma, acho que não entendeu muito bem o que eu escrevi, disse que não tinha nada para Portugal, mas eu já não queria mais ir pra lá, outra até agora não me respondeu nada, e uma delas, respondeu meu e-mail. Tinha três propostas a princípio, já para ir em Setembro, Espanha, sem “visto”, mas sem possibilidade de trabalho; Inglaterra, “sem” visto como estudante, sem trabalho, se quisesse o de trabalho, teria que ir até o Rio de Janeiro, e era bem mais difícil ou, a mais em alta, Dublin, na Irlanda, visto de seis meses com possibilidade de trabalho.
Em pouco tempo, já estava tudo “analisado” e “decidido”: eu iria para Dublin. Mas é claro, conversando com os mais próximos, conselhos sempre são repassados para se pensar bem, analisar com calma, ver se valia a pena perder um semestre de aula só pra dizer que eu fui e ponto. A minha cabeça doía como fazia tempo que não doía. Fui para a última aula de inglês. Era dia de prova, não sei como fiz toda ela, e ainda acho que fui bem, em talvez 20 minutos. Meu pai foi me buscar. Eu quase chorei, mas não chorei pra não deixar ele nervoso.
Vim pra casa, algumas palavras, e silêncio, palavras e silencio. Pegamos meu namorado na casa dele. E novamente, palavras e silêncio. Cheguei em casa, dei um abraço na minha mãe, e chorei. Ela chorou também. Todos estavam tristes. Daí eu disse à ela que eu não ia desistir, e ela disse que sabia disso. Conversei rapidamente com meu pai, minha mãe e meu namorado sobre as minhas idéias. Meu pai, disse que o que eu decidisse ele daria um jeito e assinava em baixo. Já minha mãe e meu namorado, disseram para eu pensar antes de tomar qualquer decisão. Eu, ainda chorei mais uma vez, junto com meu namorado.
Quinta acordei com uma estranha felicidade. Fui trabalhar, fiz o que tinha que fazer. Mandei mais uns e-mails. O dia rendeu. Deu 13h e comecei me arrumar para sair, íamos pegar a estrada. Conversamos muitos sobre as propostas. Fiquei de usar o final de semana para decidir. Chegando na minha vó, contei mais ou menos o que tinha acontecido. Minha madrinha lamentou muito. Na mesma noite fiz um balanço das idéias que tinha em mente: não ir, terminar o estágio, ficar mais um ano, e ir em seguida... mas pra onde seria? Portugal de novo? Não obrigado. Afinal, eu não teria proficiência suficiente em outro idioma, então me restava ali, ou África, que não me atrai tanto, não por nada, só não é bem o que queria. Poderia usar a idéia do Jeferson, para não perder o semestre inteiro, ir e fazer um curso menor de 3 meses, daria tempo de juntar mais dinheiro, e se eu gostasse, ficaria, mas isso, eu não sabia muito bem se dava, e com 3 meses só, não daria para ao menos tentar trabalhar. E ainda, ir agora em setembro, ficar lá 6 meses e tentar arrumar alguma coisa pra empatar os gastos, perderia o semestre, mas aprenderia outro idioma em bem menos tempo que fosse aqui no Brasil, e claro estaria um pouco mais perto do namorado.
A decisão era quase certa, ia ver quanto ao curso de 3 meses, se não valer a pena, pelo custo benefício, farei o de 6 meses, ambos saiam caro, mas tinha que fazer valer. Então, recebi o orçamento, de 4 meses... e vi que não valia a pena, o valor era muito pouco inferior, e a passagem diferença de aproximadamente R$ 200,00, então, não valia a pena.
Segunda, dia 20/7, o dia do Amigo, eu fui conversar e ver mais detalhes... encontrei, por acaso, o um homem que foi colega (indireto) de trabalho, o qual eu tinha ficado sabendo que o filho tinha a pouco voltado de Dublin. Seria um sinal? Já fui conversando com ele, e pedi se podia tirar duvidas e se o rapaz poderia me dar umas dicas (eu ainda não tinha decido), o colega foi muito atencioso, passou o telefone do filho e disse que avisaria que eu ligaria. Encontrei uma amiga, e já lhe adiantei os fatos. Fui até a operadora, conversei, tirei duvidas, e fiquei de decidir.
Vim para casa... conversei... e decidi, o que já estava decidido. Eu iria. Seis meses, num país que sei pouco (vou estudar é claro), falo somente frases prontas em sua língua, só com um conhecido (uma colega da UCS, que foi de novo agora em Junho, porque amou de paixão o país). Com a grana meio contada, numa ilha, a mais de 12h de vôo de casa, no hemisfério oposto, e muito mais coisas, que assuntam a muitos, mas a mim, me atrai!
Hoje quarta dia 22/7/2009, eu fui preencher alguns papéis, amanhã já irei com meu pai, fazer a transferência do dinheiro, torcendo para ol cambio ser mais favorável. Sabem, as vezes nos dizem, que quando não dá certo uma coisa, a gente não deve insistir, por que de certo não era pra ser. Faz sentido, mas não ligo muito, contudo, de qualquer forma, não insisti, não vou ir pra Portugal. Por outro lado, minha mãe logo disse, fecha-se uma porta, abre-se outra, quem sabe algo melhor não me espera? Medo de não ser como eu espero, embora TODOS dizem que é maravilhoso... não tenho. O ridículo é se acomodar. Bom ou ruim, poderá ser aqui, em Portugal, ou num hotel em Fernando de Noronha de graça, basta não estar fazendo o que se quer muito, e de coração.
Sinceramente, não acredito que será ruim. Poderei não ir a tantos lugares quanto queria... mas quem disse que eu quero parar? Ainda mais se gostar... Conviver com outras culturas, ter experiências novas, aprender e praticar outro idioma no dia-a-dia, conhecer lugares, histórias, estórias... e mais, sentir falta de quem se ama e dar mais valor ainda. Isso também é a prender!
Uns podem dizer que de nada vale, que é um dinheiro mal empregado, que não vai me agregar nenhum valor profissional, que eu poderia investir em outras coisas, embora eu ache que na parte de emprego, um inglês bem aprimorado é um bom diferencial... Enfim, poderão muitos dizer coisas que não me farão desanimar, tão pouco desistir... poderão falar que a minha família não estava pode podendo bancar isso... não quero provar nada pra ninguém, embora as vezes eu me sinta imensamente superior por ter essa oportunidade. O dinheiro se recupera, a oportunidade não. O saber não ocupa lugar... e mais, podem te deixar nu, podem te deixar sem nenhum um tostão no bolso, podem te tirar tudo, mas o teu saber: jamais.
E é por isso ser uma pena que muitos ainda andem com viseiras, e achem que não é tão importante assim a educação. É uma pena que ainda existam pessoas que não possam realizar seus sonhos, por que alguém, muitas vezes eleitos com a confiança delas, desviou a verba que iria para parte da realização desses sonhos... é uma pena, é triste mas é verdade. Lamentável, como possam ainda não deixar as pessoas ao menos, chegarem com seus barquinhos, no Porto de seus sonhos... mesmo assim, mesmo que pareça difícil, mesmo que pareça que não há outro caminho, mesmo que pareça que tudo conspira contra você... uma coisa eu afirmo: não ancore o seu barquinho esperando que alguém tire ele dali. Você mesmo vai ter que ir atráz do jeito de sair... e navegar!

Elen Concari de Aguiar, 22 de Julho de 2009. 23:35h