terça-feira, 16 de setembro de 2014

Carrick-a-Rede Rope Bridge e Giants Causeway

11 de Agosto de 2014.

Deixamos para de manhã ir atrás de um tour para Carrick-a-Rede Rope Bridge e Giants Causeway. Acreditem, no primeiro que ficava "junto" ao hostel, não tinha lugar! Então fomos pela CIA Allen's Tours... até euro eles aceitaram!

Pagamos 18 libras cada pessoa pelo tour.

Pelo caminho bem antes de chegar ao destinos...
Perto do Pier
Dia muito lindo... mas um vento...




Carrick-a-Rede Rope Bridge
As cores são incríveis, e a foto não tem nada de manipulação
A ponte!

Carrick-a-Rede Rope Bridge é uma ponte perto de Ballintoy in County Antrim... a ponte estende-se por 20 metros (66 pés) e tem cerca de 30 metros (98 pés) de altura. Era utilizada por pescadores de salmão... hoje é apenas um belíssimo cartão postal...
Giants Causeway... a Calçada dos Gigantes!

Lugar espetacular... a natureza é fantástica...
Parece que cortaram a mão.
Uma copiadinha básica do meu amigo Wiki "A Calçadas dos Gigantes é conjunto de cerca de 40 000 colunas prismáticas de basalto, encaixadas como se formassem uma enorme calçada de pedras gigantescas, formadas pela disjunção prismática de uma grande massa de lava basáltica resultante de uma erupção vulcânica ocorrida há cerca de 60 milhões de anos. A formação está localizada na costa da Irlanda do Norte, a cerca de 3 quilómetros a norte da vila de Bushmills, no condado de Antrim, Irlanda do Norte. Foi declarada como Património da Humanidade pela UNESCO em 1986 sob o nome de "Calçada dos Gigantes e sua Costa", e como Reserva Natural em 1987."


Tirando a dor de cabeça que deu depois, o dia foi ótimo e o passeio vale muito a pena... depois o grupo seguiu para uma destilaria a qual infelizmente não pude conhecer porque realmente não estava bem.

Dia dos Pais... também é dia de Viajar!

10 de Agosto de 2014.

Segundo domingo de Agosto, no Brasil e em alguns outros locais, comemora-se o dia dos Pais. Eu estava com o meu.

Mas para nós, o dia seria comprido. Viajando.

Pegamos o trem rumo a Dublin quase meio dia... e quase 4 horas depois estávamos lá...

Pega o LUAS, transporte público TRAM de Dublin para irmos para a outra estação, rumo a Belfast.

É preciso contar um episódio engraçado, mas quase trágico. Meu pai, quase esqueceu sua bolsa de mão no banco esperando o LUAS... além de toda medicação dele, que teria ficado, já fez juntar 2 guardas ao redor da bolsa abandonada... o povo lá na Europa é meio neurótico, muito possível que já estavam pensando "que será que tem aí??"

Pega trem que vai pra Belfast... mais umas 2 horas... tempo ruim, friozinho e chivisqueiro... (na Irlanda, capaz???) vamos em busca de hostel (não a gente resolveu arriscar) fomos no Belfast Irternational Youth Hostel que faz parte dos Albergues da Juventude, e dá desconto para quem tem carteirinha de albesguista. Só tinha mais 2 únicos quartos duplos vagos, pegamos. Mas só tinha para 1 noite, e precisávamos mais uma.

Depois da reserva, saímos a cata de outro... andamos e tudo lotado, em alguns nem em quartos compartilhados havia vaga... acho que é culpa do Game of Thrones onde boa parte é filmada na Irlanda do Norte.

Achamos o hostel City Backpacker mas em quarto de 8 pessoas. Ambos os hostels bons, o primeiro não oferece café da manhã incluso, mas tem um buffet pago bem bom, o outro, possui uma cozinha com várias coisas e você mesmo se prepara o café, achei um pouco complicado assim... muuuita gente junta.

Durante a noite não fizemos nada, porque o cansaço toma conta... e o dia seguinte ia ser longo.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Rumo ao Windmill in Tralee.

09 de Agosto de 2014.

E aí, o que vamos fazer... pela manhã o sr meu namorado tinha teste... então usamos a manhã para dar um rolé e minha mãe tirar mais ou menos 60 fotos só das rosas (as de Tralee, isso mesmo!) aí seguem umas fotos dela!



A tarde saímos rumo ao Blennerville Windmill (Moínho de Vento) de Tralee, a caminhada foi grande. Levamos uns 30 minutos... 

Mas vale a pena, o Moínho não tem nada de especial, mas tem um pequeno museu que conta a história dele e abriga um "adendo" como museu da ferrovia, algo assim, onde tem umas maquetes muito legais e bem interativas.

Quase chegando!

Ai, amei essa foto!

O tal moinho!

Muito bem feito!

Não, não é miniaturização, é assim mesmo!

Vista de dentro do Moínho
O museu era 5 euros por pessoa, 4 para estudante, mas o vovô que trabalhava lá, fez 15 euros nos 4, daí a decisão que estava quase tomada, se definiu!

E assim findou-se nossa nosso dia, com direito a chuva na volta (na Irlanda, sério???) e findou-se nossa estadia... afinal dia 10, reservava a ida a Dublin e depois Belfast!

Gap of Dunloe - Killarney

08 de Agosto de 2014.

Sade sonho? Sabe, realizar?
Muito bom... eu fiz.

Era um sonho voltar para Irlanda e levar meus pais (queria poder ter pago) mas as coisas não são tão simples assim...

Mas não teve menos valor esse sonho. Foi lindo.
É um lugar que não tem como não dizer "booh, foda!"







Pegamos o trem de Tralee até Killarney, não foi caro...

Em Killarney, procuramos um centro turístico - que por sinal era muito organizado! - onde a simpática senhora - simpática mesmo, nos explicou que as 13h passava uma bus por apenas 5 euros ida e volta, que nos levava até o início da trilha do Gap, o último voltava as 16:30h.

Compramos alguns mantimentos no Tesco e fomos... a trilha total tem cerca de 7km, não conseguimos fazer toda... mas quase...

De onde decidimos voltar, tem bem pouco mais... paramos por aqui para fazer um lanche... que dó...

Que tal um simpático passeio por Tralee?

07 de Agosto de 2014.

Pra que acordar cedo depois de uma viagem tão longa né?

No way.

Então depois de almoçar resolvemos dar uma saída por essa cidade pequena mais encantadora...

ITT - Campus Norte

Vista do ITT - aquele pedaço azul, é uma baía.

O parque...

Alias, belo parque...

Uma igreja, não me pergunte o nome, pq não sei.

É essa aí... bem bonita!

Andamos quase o dia todo... mas fomo dormir cedo que dia 08, a caminhada ia ser longa!

E aí... vamos nós!!!

Alguma pessoas vão dizer "ahh mas com essa grana vocês podiam ter comprado uma casinha na praia..." "aaa mas com essa grana vc teria comprado um carro..." "aaa mas com essa grana teus pais podiam ter ido várias vezes aqui pertinho..."

Gostos cores e amores não se se discute.

Portanto - ponto.

Eles optaram por selarem 30 anos de união ao estilo mais top e ao mesmo tempo mais simplório possível, e assim fizeram, assim fizemos.

Eu vou tentar sintetizar a ida, pois afinal todas as idas são meio xaropinhas. Sei dizer-lhes que saí daqui de minha casa as 7h e cheguei mais ou menos as 19h do outro dia em Tralee na Irlanda (onde mora meu namorado), no caso as 15h do Brasil, ou seja, 32h viajando! Sim, cansa. Não, não fiz nenhum passeio dia 06/8.

Posso dizer, que achei meio bagunçado ainda POA e o aeroporto do RJ... e que o famoso Charles de Gaulle realmente é ENORME! Mas felizmente tem muita gente dando informação e é muito bem sinalizado.

Dublin, continua com sua magia, a qual amo incondicionalmente, e a parte em pegar o trem para ir a Tralee foi bem de boa... os bilhetes dos meus pais, estavam comprados para as 17h, mas por 10 euros cada, trocamos para as 15h... valeu muito a pena.

Os trens para a Irlanda você pode encontrar nesse site http://www.irishrail.ie/ não é complicado, não é tão caro, e estudantes muitas vezes tem descontos, além de serem trens bem bons!

O trajeto entre Dublin e Tralee é bastante bonito...

Tralee é uma simpática cidade da costa oeste da Irlanda, segundo meu amigo wikipédia, tem pouco mais de 23.500 habitantes, conhecida por alguns por também ser ponto de partida ou estadia para sair para Penísula de Dingle, ou apenas pelo seu festival anual "Rose of Tralee" o qual escolhe a "Rosa de Tralee" garotas da Iralanda toda, de alguns países com muitas Irishs e pq não do algumas outras partes do mundo como Dubai ou Alemanha, né? Este festival para a cidade e deixa a mesmo cheinha de turistas e um de seus parques tomados de nada mais nada menos que ROSAS!


terça-feira, 2 de setembro de 2014

O roteiro do rolé...

Misturando um pouco do pessoal... meu namorado está na Irlanda pelo ciência sem fronteiras... e unindo o útil ao agradável... fui vê-lo! Ele mora em Tralee...

Algumas partes foram planejadas estando lá na europa, mas no fim, nosso roteiro foi o seguinte:

05/08 - POA-RJ-PARIS-DUBLIN > Tralee 06/08

> Tralee - Irlanda (4 noites)
07/08 - 08/08 - 09/08

> Belfast - Irlanda do Norte (2 noites)
10/08 - 11/08

> Dublin - Irlanda (2 noites)
12/08 - 13/08

> Roma - Itália (2 noites)
14/08 - 15/08

> Florença - Itália (1 noite)
16/08

> Zurique - Suíça (1 noite)
17/08

> Munique - Alemanha (3 noites)
18/08 - 19/08 - 20/08

> Berlin - Alemanha (1 noite trem + 2 noites)
21/08 - 22/08 - 23/08

> Praga - República Checa (2 noites)
24/08 - 25/08

> Budapeste - Hungria (2 noites)
26/08 - 27/08

Em Roma, foi onde começamos o mochilão citado no pacote.

OBS: A cotação média que pegamos do euro foi R$3,25

fora do verão, a tendência é ser mais baratinho, mas tb mais frio!!!
PS. Verão europeu??? LEVE mesmo assim calça e alguns casaquinhos... confie em mim... especialmente se ficar mais para o norte...

Planejando os gastos na Europa

Como levar meu dinheiros para Europa?

Optei por levar maior parte em espécie, pois o IOF estava muito alto para o travel money (vtm) ... mas mesmo assim levei uma quantia no VTM pois caso precisasse ainda seria o meio mais fácil de alguém me enviar dinheiro.
Deixei também a função crédito internacional habilitada, para alguma emergência.

Fiz uns cálculos meio malucos, vou mostrar eles mas logo abaixo dou a realidade... afinal, a outra vez, eu estava morando na europa e a situação era diferente...

Calculei bem curta e grossa 25 dias entre saída e chegada:

Para comer: 25 dias X R$50 (Pensei, se no Brasil, comemos com menos que isso por isso, convertendo em euros deve dar quase...)

R$1250,00

Para zanzar por lá (transportes, entradas em museus e afins, lembrancinhas), pensei, deve dar também R$50 por dia

+R$1250,00

+R$500,00 para não passar trabalho e pq tinha uns bilhetes de trem ainda pelo caminho...

deu R$3000,00 cada

como estávamos em 3 pessoas pensei logo... "nessas alturas, melhor garantir e não incomodar ninguém, euro não vai fora... logo devo voltar..."

fechamos R$10.009 os 3; (9,00 para arredondar o câmbio)

Depois ainda acabei comprando mais 100 francos suiços...

Mas a realidade foi um pouco diferente e MENOS salgada...

*Se você quer ter ao menos 1 refeição BOA por dia, e outra mais ou menos, contando com o sanduba do hotel de lanchinho (sim, muita gente faz isso, não tenha vergonha de fazer) você tem que guardar uns 15/20 euros por pessoa por dia - 10/12 para a refeição melhorzinha e uns 5 para o "almoço"

Com isso, você vai conseguir experimentar um bom prato típico (simples) dividir um refri ou ceva na janta e almoçar um pedaço de pizza ou fazer um pic nic em em parque com frutas, biscoites e talvez um pedaço de pizza... e aproveitando também o seu sanduba feito no café da manhã do hotel (o qual eu espero que você se empanturre de comida para não ter de parar tão cedo!)

* Pesquise quais atrações você quer ver e saiba o valor, essa foi minha base para dar um chute de 10 euros por dia... mas no fim não foi tudo isso, pois optamos mais por andar pela cidade mesmo... sem visitar tantos museus e pior, pagar para entrar em igrejas... FAÇA a carteira de estudante de puder... só em 1 bilhete de trem, a minha já se pagou! Custa apenas R$35,00 e pode te dar muuuitos descontos (não em ROMA, que sabe-se lá pq agora "vetou" isso). Maiores de 65 anos muitas vezes tem descontos! As vezes até com 60, como no museu da BMW

Com o valor de R$10.009 consegui comprar 2860,00 euros em espécie, e 299,41 euros no VTM, mais 100 francos...

Tínhamos uma média de 45 euros por dia para gastar... mas conforme foi sobrandom fomos nos permitindo a algumas "extravagancias" como comer mais, ou pegar um wallking tour all inclusive!

E sobrou +-700 euros, mas tudo depende do que você quer fazer ou trazer de lá...




Mais um rolé pela Europa... com os PAIS!

Mais ou menos um ano de planejamento, mas sem muito planejamento.
Não é difícil planejar uma viagem e comprar as coisas tudo por sua conta... mas todavia demanda tempo e pode gerar uma certa insegurança ainda mais se vocẽ viaja com seus pais que têm mais de 60 anos...

Optei por comprar tudo com uma agência, optei pela CI (não, não estou ganhando nada por mencionar o nome deles)

Compramos com eles as PASSAGENS AÉREAS, SEGURO SAÚDE E O PACOTE DO MOCHILÃO.

Pra ser mais objetiva vou direto ao que o povo pergunta sempre: MAS QUANTO TU GASTOU NA VIAGEM TODA? Como o objetivo do blog é justamente divulgar informações, lá vai... (valores por pessoa)

PASSAGEM: é importante ressaltar, que as passagens variam muito do período que se compra e o câmbio do dollar...
05/08 - POA - RJ - PARIS - DUBLIN
14/08 - DUBLIN - PARIS - ROMA
28/08 - BUDAPESTE - PARIS - RJ - POA

(U$1614,00) R$3759,59 - Incluindo taxas de embarque e afins.
(deu pra parcelar só em 4x)

SEGURO SAÚDE: Você pode, ou não, se incomodar em NÃO ter o seguro saúde em uma viagem. Você pode se incomodar da imigração, ou pode se incomodar pq não fez teve uma congestão de tanto comer gellatos italianos. Então, você é quem decide. Eu, sempre faço. Fiz pelo período de 05/8 até 13/8, pois esses não estavam inclusos no mochilão.

(U$54,00) R$127,44 (à vista)

MOCHILÃO: Essa a parte que muita gente vai dizer "mas eu posso ir atrás também" - claro que pode! Eu não fui pq era pra 3 pessoas! Se fosse só pra mim, tinha ido certo! A economia é considerável, (fiz os cálculos +- por cima depois pra ter uma ideia, muito embora depois não adiantava né!) mas o NÃO ESTRES, eu levei muito em conta... receber tudo prontinho mastigado, foi bem bom!
Sem falar, que considerei "e se der merda... e eu que fiz tudo" estando com meus pais, eram 3X mais estres! 

O que nosso mochilão incluía:

* 14 noites em hotéis (todos ótimos já vou dizendo, 3 estrelas), quarto triplo. Uma noite tivemos trem noturno.

* Seguro saúde para o período;

* Bilhetes de trem. No nosso caso, já com os horários e reservas dos assentos, o que no verão europeu é bem interessantes, uma vez que você poderá ter que viajar sentado no corredor, ou ficar catando bancos pelos vagões.

* 4 passeios - no nosso caso foram 3 pq um dos passeios era o dia todo.

* E ainda ganhamos um mochilão 60 litros para cada um!

(1709,00 euros) R$ 5525,95 (entrada + 7 cheques pré)


Os custos não ficaram altos, especialmente pois parcelamos...

Mas pensem o que quiserem, pra mim,viajar ainda é o investimento mais saudável que alguém pode fazer para a vida!





quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Uma vez fui viajar e não voltei...

*** Um texto (Marcelo Penteado) extraído do blog http://sigoescrevendo.com/ sugestão da amiga Su Luckmann

 "Não por rebeldia ou por ter decidido ficar; simplesmente mudei.

Cruzei fronteiras que eu nunca imaginaria cruzar. Nem no mapa, nem na vida. Fui tão longe que olhar para trás não era confortante, era motivador.
Conheci o que posso chamar de professores e acessei conhecimentos que nenhum livro poderia me ensinar. Não por serem secretos, mas por serem vivos.
Acrescentei ao dicionário da minha vida novos significados para educação, medo e respeito. Reaprendi o valor de alguns gestos. Como quando criança, a espontaneidade de sorrisos e olhares faz valer a comunicação mais universal que há – a linguagem da alma.
Fui acolhido por pessoas, famílias, estranhos, bancos e praças. Entre chãos e humanos, ambos podem ser igualmente frios ou restauradores.
Conheci ruas, estações, aeroportos e me orgulho de ter dificuldade em lembrar seus nomes.
 Minha memória compartilha do meu desejo de querer refrescar-se com novos e velhos ares.
Fiz amigos de verdade. Amigos de estrada não sucumbem ao espaço e nem ao tempo. Amigos de estrada cruzam distâncias; confrontam os anos. São amizades que transpassam verões e invernos com a certeza de novos encontros.
Vivi além da minha imaginação.
Contrariei expectativas e acumulei riquezas imateriais. Permiti ao meu corpo e à minha mente experimentar outros estados de vivência e consciência. Redescobri o que me fascina.
Senti calores no peito e dei espaço para meu coração acelerar mais do que uma rotina qualquer permitiria.

E quer saber?

Conheci outras versões da saudade. Como nós, ela pode ser dura. Mas juro que tem suas fraquezas. Aliás, ela pode ser linda. Com ela, reavaliei meus abraços, dei mais respeito à algumas palavras e me apaixonei ainda mais por meus amigos e minha família. E ainda tenho muito que aprender.
Na verdade, tais experiências apenas me dirigem para uma certeza – que ainda tenho muito lugar para conhecer, pessoas a cruzar e conhecimento para experimentar.

Uma fez fui viajar… e foi a partir deste momento que entendi que qualquer viagem é uma ida sem volta."

 E que venha 2014 com boas programações... pq SÓ SE VIVE UMA VEZ, E DINHEIRO A GENTE RECUPERA, TEMPO - NÃO!

Traditional Gaelic Blessing

May the road rise to meet you,

May the wind be always at your back.

May the sun shine warm upon your face,

The rains fall soft upon your fields.

And until we meet again,

May God hold you in the palm of his hand.

May God be with you and bless you:

May you see your children's children.

May you be poor in misfortune,

Rich in blessings.

May you know nothing but happiness

From this day forward.

May the road rise up to meet you

May the wind be always at your back

May the warm rays of sun fall upon your home

And may the hand of a friend always be near.

May green be the grass you walk on,

May blue be the skies above you,

May pure be the joys that surround you,

May true be the hearts that love you.

O PORTO (Uma pequena grande história de porque tudo isso...)

A tomada de uma decisão que faz-se equivalente a um divisor de águas em nossas vidas, pode trazer-nos muitas expectativas as quais nem sempre se realizam... No meu caso, decidi ter a experiência de ir para Irlanda, Dublin, num pais que fala-se outro idioma (o inglês), o qual, por sinal sei muito pouco. Bem, acho melhor começar desde de o começo...
Em meados de 2008, acho que foi final de Abril, um amigo de Jéferson, meu namorado, foi até a casa dele e o convidou para ir com a banda deles a Portugal. A idéia era ficar 6 meses, estudando e fazendo alguns shows pela Europa. Meu namorado já havia pensado nisso na sua adolescência, mas ainda não tinha parado e verificado a real chance.
Já eu, tinha o sonho, de até meus 22 anos, passar um tempo fora do Brasil. De início queria Cuba, depois Espanha, depois México, mas realmente não tinha pensado em Portugal. Pois bem, ele ficou pensativo. Como seria? Os dois longe? Eu me importaria? Foi aí que eu disse “e eu não posso ir junto?” e aí ambos tivemos a surpresa feliz, além de irmos “namorando”, tínhamos ganhado um parceiro de viagem...
Fomos então ver como funcionava irmos pela UCS... para qualquer país que não fale-se português, teríamos que fazer uma prova de proficiência e atingir um resultado muito bom... nem tentamos, seria perda de tempo... Então vamos lá! Portugal... E aí a primeira chateação: para o 2º semestre de 2008, não havia mais tempo. Desistir? Não! Eles apenas teriam que arrumar outro baixista para ir com a banda... Acho que no fim, só foi mesmo o cara que convidou...
Depois disso, surgiu outro plano, ir com banda dele, mas não no 1º semestre de 2009, no 2º, para banda se preparar... Eles teriam 1 ano e 4 meses para isto... E para onde iríamos? Bragança, uma cidade no Norte de Portugal, pequena mas muito bonita. Tentaríamos os quatro, eu, ele e os dois amigos da banda.
E foi assim até Março de 2008, “preparando”, pesquisando. Bragança seria mais fácil, pois fomos informados que não havia procura para lá, então não haveriam concorrentes. Não era uma cidade tão famosa, portanto, não tinha um custo de vida muito alto, o que para nós seria ótimo, já que na Europa tudo é mais caro...
O tempo passou, até que bem rápido, e chegou o “dia” de irmos ver para nos inscrevermos... nesse meio tempo, já desconfiávamos que os dois amigos do Jéferson, não iriam, mas nós dois não iríamos desistir. Pois aí que tivemos a segunda chateação: não havia mais convênio com o Instituto Politécnico de Bragança, assim, só nos restava: o Porto.
Porto é uma das cidades mais turísticas de Portugal, cidade litorânea, onde também são fabricados os famosos vinhos do Porto. Assim, já ficaria ao menos uns 30% mais caro para se viver. Mas ok. Vamos lá... não seria um custo de vida um pouco mais elevado que iria nos impedir!
Mas aí vem a terceira chateação. Não haviam nem 3 dias que tinha ido lá e ficado sabendo de Bragança, e eis que ouço um zum zum zum “a UCS quer cobrar 12 créditos do curso para os estudantes fazerem intercâmbio”. Nossa! Doze créditos, aumentava para mim uns R$ 2.500,00 e para Jéferson uns R$ 4.000,00. Daí sim, estávamos de certa forma condenados a não irmos, ao menos não agora! Foi a primeira vez que chorei por causa disso.
Revolta vai, revolta vem, manda e-mail, manda ofício. Até que uma boa notícia: não vão cobrar ainda isso. Pensamos “ufa” e começamos a ver todos os documentos necessários. Na correria de tudo, uma quarta chateação, era um pré-requisito ter 50% do curso concluído, eu tinha eles exatos, mas meu namorado, em torno de 43%... será que daria? E conversa vai e vem, ele pôde se inscrever, mas ficou com um pé atrás.
Em 9 de Junho, numa terça de tarde, fomos num evento de pré-embarque da UCS e ficamos sabendo que da faculdade dele, a Fernando Pessoa, tinham duas vagas, e dois inscritos, ele e uma menina também da Engenharia Ambiental. Da U. do Porto, tinham 10 vagas, e 5 inscritos, eu e mais 4 meninas, cada uma de nós de cursos e áreas diferentes. Depois de saber que tinha sido “selecionada” pela UCS, foi uma das minhas primeiras alegrias. Porém, achei estranho, 2 meninas da U.P. já tinha recebido carta de aceite. Mas eu e mais duas, nada... ainda assim, a esperança é última que morre, mesmo embora eu soubesse que uns 80% das pessoas inscritas, dos mais ou menos 60, já haviam recebido resposta, ou ao menos um e-mail, eu não desanimei.
Foram se passando os dias, até que em 18/6 fui ver se eles sabiam de algo, e fiquei sabendo que a carta dele já estava a caminho: ele tinha sido aprovado, fiquei feliz, mas também fiquei sabendo em seguida que a minha e mais uma menina da U.P. estava sob análise ainda. Fiz a matrícula. Demorou mais umas 3 semanas e a carta dele chegou por e-mail.
Neste meio tempo, me comuniquei com a outra menina que esperava resposta como eu. Pude compartilhar o sentimento de angustia com alguém, isso fez muito bem... Mas uma coisa era real, algo estava me deixando pensativa. Eu pensava que iria dar certo, mas tinha um palpite que não. Sexta, dia 10/7, procurei no site da U.P. informações... o que tenho a dizer... fiquei muito deprimida, vi que para o curso de economia, o qual eu estava inscrita, (já que o curso de Administração de Empresas é um curso de pós, então se faz Economia e Gestão) só tinham 8 vagas para América Latina, e o pior, com preferência para inscritos em outro tipo de programa, ou estudantes da área, que na realidade, a minha não é exatamente economia...
Para valer, foi a segunda vez que chorei. O Porto, estava ficando cada vez mais longe. Contudo, eu ainda tinha esperança que estivesse “lendo” as informações de forma equivocada. Mas já estava me preparando, mas eu tinha que parar de ser egoísta...
Segunda, dia 13/7, acordei pensando o que seria um dia bom, já que na noite passada, havia implorado uma ajudinha dos céus, para que eu tivesse essa semana, uma resposta. Seja ela qual fosse! Realmente, foi uma segunda bastante agradável, pude adiantar alguns papéis para o visto e recebi a última nota que faltava da UCS, um 4 em RH2. Terça, comecei o dia com mesmo pensamento, estava além de tudo feliz porque ia folgar sexta, quinta de tarde ia pra minha vó, campo, ar fresco, tranqüilidade, mas no meio da tarde, começou um angustia fora do normal, um “não sei o que” tão monstruoso que fez eu roer minhas unhas (de novo) de uma forma que fazia tempo que não fazia.
Na terça ainda, mandei um e-mail pro pessoal do Intercambio da UCS, perguntando, se “será que não está demorando porque pedi muitas matérias, e eles não podem aceitar... diga que não farei todas, é só pra ter mais opções...”. De noite nossos vizinhos jantaram aqui, foi muito agradável, conversei sobre a viagem, mas não deixava de colocar um “se” na frente de cada frase que se referia a minha viagem, na verdade o tempo inteiro foi assim. Na quarta de manhã, acordo com o telefone, dei um salto da cama. Era o Jeferson, tinha ido a POA, se informar sobre o visto, e iria ao aeroporto autenticar a carteira de vacinação, etc. Ele me ligou e falou que só estavam marcando o visto pra depois de 13/8, com mais aproximadamente 40 dias mais, só iríamos viajar final de Setembro, fiquei apreensiva já que nem sinal da minha carta.
Resolvi ligar para o consulado, agendar uma data, como se tivesse tudo certo, caso não desse, eu desmarcava. Acabei ligando e caiu num outro local, tentei novamente, e deu ocupado, achei que o número podia estar errado, então liguei para informações de Caxias, mas eles não tem dados de POA. Aí que eu fiz a ligação mais horrível da minha vida até hoje. Liguei para o escritório de intercâmbios, para confirmar o número do consulado. Quando comecei a explicar a idéia, a moça do outro lado da linha começou mais ou menos assim: “Elen, a gente recebeu teu e-mail, e na verdade a gente já tem uma resposta (essas alturas eu já sabia)... é infelizmente foi negativa...” o meu coração nunca bateu tão rápido e descompassado. Vi o quanto o ser humano não está preparado para receber um não, ainda mais quando é um não para um sonho, uma expectativa. Apenas consegui pedir porque, ela respondeu, era sobre as 8 vagas, muita gente recebeu não, eu fui uma dessas pessoas. Eu disse que já sabia. Disse com a maior das falsidades que pude encontrar: “é né, fazer o que... não deu não deu”. Desliguei.
Agora vem a realidade. Gritei. Gritei um “que meeeeerda” tão alto, que não sei como os vizinhos não vieram ver. Coisas voaram nas portas do guarda-roupa, tive vontade de rasgar todos os papéis que falavam do intercâmbio. Chorava. Chorava como se tivesse perdido um ente querido. Chorava de raiva. Senti muita raiva, porque deixar a gente esperando tanto tempo para dizer não. Fui tomar banho. Chorei mais, quebrei o cabo da minha escova de cabelo quando atirei ela no chão. Agradeci, afinal, eu tive uma reposta na semana que queria, e o melhor, estava em casa. E o tempo todo, a minha cachorrinha Luna, ficou ao meu lado, não podia dizer nada, mas colocava as suas patinhas da frente na minha perna e deitava sua cabaça na minha coxa... chorava de ver ela ali comigo...
Voltando a minha breve conversa por telefone, com a moça da UCS, no final da conversa, ela mencionou que se desejasse eu podia passar até 3 meses em Portugal como turista, sem visto, ou então, tentar outro intercambio, por outro meio. Enquanto tomava banho pensava... fui trabalhar. Peguei o ônibus, e fui em pé. Não sorri o tempo todo. Cheguei no serviço, pude dissimular bem, acessei meu e-mail, e li a tal resposta. Tinha de olhar para cima para não chorar de novo. O dia não rendeu nada, porém não perdi tempo, mandei e-mails pras 3 operadoras de intercambio que conhecia. Uma, acho que não entendeu muito bem o que eu escrevi, disse que não tinha nada para Portugal, mas eu já não queria mais ir pra lá, outra até agora não me respondeu nada, e uma delas, respondeu meu e-mail. Tinha três propostas a princípio, já para ir em Setembro, Espanha, sem “visto”, mas sem possibilidade de trabalho; Inglaterra, “sem” visto como estudante, sem trabalho, se quisesse o de trabalho, teria que ir até o Rio de Janeiro, e era bem mais difícil ou, a mais em alta, Dublin, na Irlanda, visto de seis meses com possibilidade de trabalho.
Em pouco tempo, já estava tudo “analisado” e “decidido”: eu iria para Dublin. Mas é claro, conversando com os mais próximos, conselhos sempre são repassados para se pensar bem, analisar com calma, ver se valia a pena perder um semestre de aula só pra dizer que eu fui e ponto. A minha cabeça doía como fazia tempo que não doía. Fui para a última aula de inglês. Era dia de prova, não sei como fiz toda ela, e ainda acho que fui bem, em talvez 20 minutos. Meu pai foi me buscar. Eu quase chorei, mas não chorei pra não deixar ele nervoso.
Vim pra casa, algumas palavras, e silêncio, palavras e silencio. Pegamos meu namorado na casa dele. E novamente, palavras e silêncio. Cheguei em casa, dei um abraço na minha mãe, e chorei. Ela chorou também. Todos estavam tristes. Daí eu disse à ela que eu não ia desistir, e ela disse que sabia disso. Conversei rapidamente com meu pai, minha mãe e meu namorado sobre as minhas idéias. Meu pai, disse que o que eu decidisse ele daria um jeito e assinava em baixo. Já minha mãe e meu namorado, disseram para eu pensar antes de tomar qualquer decisão. Eu, ainda chorei mais uma vez, junto com meu namorado.
Quinta acordei com uma estranha felicidade. Fui trabalhar, fiz o que tinha que fazer. Mandei mais uns e-mails. O dia rendeu. Deu 13h e comecei me arrumar para sair, íamos pegar a estrada. Conversamos muitos sobre as propostas. Fiquei de usar o final de semana para decidir. Chegando na minha vó, contei mais ou menos o que tinha acontecido. Minha madrinha lamentou muito. Na mesma noite fiz um balanço das idéias que tinha em mente: não ir, terminar o estágio, ficar mais um ano, e ir em seguida... mas pra onde seria? Portugal de novo? Não obrigado. Afinal, eu não teria proficiência suficiente em outro idioma, então me restava ali, ou África, que não me atrai tanto, não por nada, só não é bem o que queria. Poderia usar a idéia do Jeferson, para não perder o semestre inteiro, ir e fazer um curso menor de 3 meses, daria tempo de juntar mais dinheiro, e se eu gostasse, ficaria, mas isso, eu não sabia muito bem se dava, e com 3 meses só, não daria para ao menos tentar trabalhar. E ainda, ir agora em setembro, ficar lá 6 meses e tentar arrumar alguma coisa pra empatar os gastos, perderia o semestre, mas aprenderia outro idioma em bem menos tempo que fosse aqui no Brasil, e claro estaria um pouco mais perto do namorado.
A decisão era quase certa, ia ver quanto ao curso de 3 meses, se não valer a pena, pelo custo benefício, farei o de 6 meses, ambos saiam caro, mas tinha que fazer valer. Então, recebi o orçamento, de 4 meses... e vi que não valia a pena, o valor era muito pouco inferior, e a passagem diferença de aproximadamente R$ 200,00, então, não valia a pena.
Segunda, dia 20/7, o dia do Amigo, eu fui conversar e ver mais detalhes... encontrei, por acaso, o um homem que foi colega (indireto) de trabalho, o qual eu tinha ficado sabendo que o filho tinha a pouco voltado de Dublin. Seria um sinal? Já fui conversando com ele, e pedi se podia tirar duvidas e se o rapaz poderia me dar umas dicas (eu ainda não tinha decido), o colega foi muito atencioso, passou o telefone do filho e disse que avisaria que eu ligaria. Encontrei uma amiga, e já lhe adiantei os fatos. Fui até a operadora, conversei, tirei duvidas, e fiquei de decidir.
Vim para casa... conversei... e decidi, o que já estava decidido. Eu iria. Seis meses, num país que sei pouco (vou estudar é claro), falo somente frases prontas em sua língua, só com um conhecido (uma colega da UCS, que foi de novo agora em Junho, porque amou de paixão o país). Com a grana meio contada, numa ilha, a mais de 12h de vôo de casa, no hemisfério oposto, e muito mais coisas, que assuntam a muitos, mas a mim, me atrai!
Hoje quarta dia 22/7/2009, eu fui preencher alguns papéis, amanhã já irei com meu pai, fazer a transferência do dinheiro, torcendo para ol cambio ser mais favorável. Sabem, as vezes nos dizem, que quando não dá certo uma coisa, a gente não deve insistir, por que de certo não era pra ser. Faz sentido, mas não ligo muito, contudo, de qualquer forma, não insisti, não vou ir pra Portugal. Por outro lado, minha mãe logo disse, fecha-se uma porta, abre-se outra, quem sabe algo melhor não me espera? Medo de não ser como eu espero, embora TODOS dizem que é maravilhoso... não tenho. O ridículo é se acomodar. Bom ou ruim, poderá ser aqui, em Portugal, ou num hotel em Fernando de Noronha de graça, basta não estar fazendo o que se quer muito, e de coração.
Sinceramente, não acredito que será ruim. Poderei não ir a tantos lugares quanto queria... mas quem disse que eu quero parar? Ainda mais se gostar... Conviver com outras culturas, ter experiências novas, aprender e praticar outro idioma no dia-a-dia, conhecer lugares, histórias, estórias... e mais, sentir falta de quem se ama e dar mais valor ainda. Isso também é a prender!
Uns podem dizer que de nada vale, que é um dinheiro mal empregado, que não vai me agregar nenhum valor profissional, que eu poderia investir em outras coisas, embora eu ache que na parte de emprego, um inglês bem aprimorado é um bom diferencial... Enfim, poderão muitos dizer coisas que não me farão desanimar, tão pouco desistir... poderão falar que a minha família não estava pode podendo bancar isso... não quero provar nada pra ninguém, embora as vezes eu me sinta imensamente superior por ter essa oportunidade. O dinheiro se recupera, a oportunidade não. O saber não ocupa lugar... e mais, podem te deixar nu, podem te deixar sem nenhum um tostão no bolso, podem te tirar tudo, mas o teu saber: jamais.
E é por isso ser uma pena que muitos ainda andem com viseiras, e achem que não é tão importante assim a educação. É uma pena que ainda existam pessoas que não possam realizar seus sonhos, por que alguém, muitas vezes eleitos com a confiança delas, desviou a verba que iria para parte da realização desses sonhos... é uma pena, é triste mas é verdade. Lamentável, como possam ainda não deixar as pessoas ao menos, chegarem com seus barquinhos, no Porto de seus sonhos... mesmo assim, mesmo que pareça difícil, mesmo que pareça que não há outro caminho, mesmo que pareça que tudo conspira contra você... uma coisa eu afirmo: não ancore o seu barquinho esperando que alguém tire ele dali. Você mesmo vai ter que ir atráz do jeito de sair... e navegar!

Elen Concari de Aguiar, 22 de Julho de 2009. 23:35h