domingo, 28 de outubro de 2012

Mato Sartori - Caxias do Sul

Seguindo o ditado, a prática leva a perfeição - ou quase isso - dia 27/10 saímos com a turma do curso FOTOGRAFIA APLICADA À NATUREZA  ministrado pelo Biólogo/Fotógrafo Cristiano Dalla Rosa...

A saída foi simples, mas certamente muito proveitosa, ainda mais que o tempo colaborou, afinal, seria muito triste um curso aplicado à natureza e na aula em campo não poder colocar em prática... mas São Pedro estava de bom humor e ele deve saber o quanto putos ficaríamos com ele se mandasse chuva... hehehehe

Vale lembrar que para visitar o Mato Sartori é necessário agendar visita a qual é guiada... mas ignore tudo e antes de ir clica aqui e veja tudinho no site de pref. de Cxs...

Bem, o local não tem nada assim de "minha nosssa que lugar mais maravilhoso" mas é muito interessante levando em conta que tem um mato no meio da city! E um mato com uma história interessante - pena que eu não ouvi todo porquê ficamos fotografando e a guia foi-se com o resto da excursão... mas juro que um dia volto com esse propósito... - além de história: fique atento! Muitas belezas e belzinhas escondidas em meio a trilha!

Buenas, confiram clicando aqui algumas fotos que consegui pegar! Aos que foram valeu a companhia!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Vira Virou

"Vou voltar na primavera
E era tudo que eu queria
Levo terra nova daqui
Quero ver o passaredo
Pelos portos de Lisboa
Voa, voa que eu chego já
Ai se alguém segura o leme
Dessa nave incandescente
Que incendeia minha vida
Que era viajante lenta
Tão faminta da alegria
Hoje é porto de partida
Ah! Vira virou
Meu coração navegador
Ah! Gira girou
Essa galera"

- Não sei se a letra é deles... mas conheço com Kleiton e Kledir


Sem contar que amei as fotos... http://www.youtube.com/watch?v=8pHUj_bGi40

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Altruísmo.

Costumo usar esta palavra como antônimo de egoísmo, mas fui buscar um significado mais amplo...

Segundo o site "dicionarioinformal.com.br":
"Palavra percebida muitas vezes como sinônimo de solidariedade, a palavra altruísmo foi criada em 1830 pelo filósofo francês Augusto Comte para caracterizar o conjunto das disposições humanas (individuais e coletivas) que inclinam os seres humanos a dedicarem-se aos outros. Esse conceito opõe-se, portanto, ao egoísmo, que são as inclinações específica e exclusivamente individuais (pessoais ou coletivas).
Além disso, o conceito do altruísmo tem a importância filosófica de referir-se às disposições naturais do ser humano, indicando que o homem pode ser - e é - bom e generoso naturalmente, sem necessidade de intervenções sobrenaturais ou divinas."

"O altruísmo, é quando uma pessoa abnega de si mesma em prol de outras pessoas."


Sendo assim, em diversos casos, sou altamente egoísta. Mas, em alguns casos da minha vida, sei que que tomei a decisão certa, e totalmente altruísta...
Quando vi esta cena, este final de semana, não me restou dúvidas disso...


Eu adoro animais... mas ainda sou tradicional e AMO os cães por diversas maneira. Cães precisam de muitas coisas além de comida - eles amam você muito mais se der comida hehehehe. Contudo, fiquei longe da Luna - a cadela clarinha da foto - desde de Abril deste ano. Logo, não lhe dei de comer, não lhe dei carinho, nem brinquei com ela... no entanto, dizem que para os cães o tempo funciona diferente, onde minutos podem parecem anos, e o contrário... ela sempre sorri, e sempre "me ama" igual!
Quando meus pais mudaram-se para outra cidade do estado (Restinga Seca, cerca de 4 horas de Caxias) ficou a "discução" no ar.... "a Luna fica ou vai?" - ela ficar, mesmo aqui sendo "mais seguro", uma vez que não tem a rota do sol na frente da casa passando toda hora carros e caminhões... isso, faria apenas um ser vivo feliz - EU. Sei que ela adora liberdade, e correr, e pular, se sujar, etc etc... Aqui ela tinha o jardim e só... e quando muito teira de deixá-la dentro de casa... 
Ela se faz de difícil, mas sempre se rende aos encantos do Duque - o pretinho da foto, cachorro dos meus avós, e vê-lo brincar é a 8ª maravilha do mundo na minha opinião... Além disso, a Luna ir com meus pais, ela levava um pouquinho de mim para que "meus velhos" pudessem enganar a saudade que dizem sentir...
Enfim... eu fiquei muito, muito triste mesmo logo que ela foi morar lá, me disseram pra adotar outro cachorro... quando for a hora, ele me encontrará...

Bem, ver ela correr me fez ter a certeza que não houve equívoco algum de minha parte em abrir mão de minha "felicidade" pra deixar tanta gente mais... inclusive eu... pois saber que ela vive isso todos os dias me deixa em paz com meu "espírito".

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Quem Morre?

Morre lentamente
Quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo

Morre lentamente
Quem destrói seu amor próprio,
Quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente
Quem se transforma em escravo do hábito
Repetindo todos os dias os mesmos trajeto,
Quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou
Não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente
Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções, Justamente as que resgatam o brilho dos
Olhos e os corações aos tropeços.

Morre lentamente
Quem não vira a mesa quando está infeliz
Com o seu trabalho, ou amor,
Quem não arrisca o certo pelo incerto
Para ir atrás de um sonho,
Quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, Fugir dos conselhos sensatos...

Viva hoje !
Arrisque hoje !
Faça hoje !
Não se deixe morrer lentamente !

NÃO SE ESQUEÇA DE SER FELIZ

--- Marta Medeiros

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Jardim Botânico de Caxias do Sul...

...com todo respeito: mas o jardim da minha casa tem mais de botânica do que ele...
Mas enfim... o objetivo era fotografar e aproveitar o dia lindo que fez sábado... com direito a uma visitinha na Feira do Livro... esta sim tá bonita!

Seguem alguns registros...
 Momento "roubado" do pai (eu acho) e o filho... promovendo a leitura...

 Arte...

 Um pombo fazendo "arte" na cabeça da arte...

 Não sei como se chama, mas eu chamaria de "Cactuário", já que de orquídea é orquidário... lá só tinha cactus... acho que posso chamar assim, hehehe

 Perto de um árvore...

 Perto de umas casas...

 -contraste né?!

 (ainda perto das casas)...

 Logo que se chega é esse o caminho...

 Uma "trilha" até o que achamos que era o jardim botânico...


 É ISSO! ^^^^
e aqui voltando...


Bem, se alguém sabe mais coisas sobre o Jardim Botânico de Caxias do Sul que eu acho que era só isso mesmo, pelo que vi no site... por favor comunica aqui... mas pra nossa "tristeza", de quem esperava um pouquinho mais de uma cidade que demonstra querer investir em turismo... tem muito ainda que aprender...

Mas: para nooooooooooooooossa alegria, temos asinhas e podemos voar pra varios outros locais e não nos abstermos a só reclamar!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Cachoeira dos Bertussi

Ainda de manhã, fomos na cachoeira dos Bertussi - se eu estiver errada me corrijam! - não sei explicar como faz pra chegar mas sei dizer que tem a primeira parte, onde tem um balneário e a queda é baixinha... e tem a segunda parte... onde aconteceu um pequeno acidente com essa que vos escreve...


 As duas fotos acima foram da primeira etapa...

 Essa foi quando desci por uma trilha que...

 ...decidi parar de descer quando cheguei nesta escada extremamente estreira;
Daí voltei, tirei mais fotos - que posto outro dia, ou no flckr... e então resolvi descer mais... e...

"Dizem que cada cicatriz conta uma história... a minha começa com "Era uma vez um grupo de fotografia que foi pra Mulada..." ---- mas cenas desta linda história de fotos e tombos, depois que eu selecionar as fotos em casa... PS. foto de hoje
- além dos membros fotografados, tem o cotovelo e o osso "das ancas"... mas caminhando quase que normalmente...
Aos que amam - tô bem - aos que não me amam - eu tomo leite e ainda tenho ossos fortes! - aos que não estão nem aí, pode rir comigo - rolar de +- 1,50m e nas pedras e só machucar isso... tenho mais sorte que "atenção" hhahahahahahahhaa" 
ISSO foi o que postei no face ontem...


A foto abaixo foi logo depois do tombo... ali na hora só aparecia o cotovelo...


Hoje, bem... estou bem... meio manca, dolorida... mas feliz porque aproveitei a-fu meu findi com pessoas ótimas!!!

FIM?! dessa parte sim...

Sítio da Tina - de manhã...

Eu, por um milagre fui um das primeiras a acordar...

Tomei café da manhã - ótimo por sinal, também - tinha pão caseiro, 2 ou 3 tipos de bolo, uns 5 tipos de mistura, café, leite, nescau, salame, uns 2 tipos de queijo, frutas... aiiiii acho que acompanhei umas 3 levas de pessoas tomando café... hahahahhaa

Depois em quando aguardávamos a turma toda se reunir o povo ficou a "brincar" e fotografar... não vou postar foto de ninguém porque não conheço todos suficientemente bem pra expor cada um...

Mas seguem algumas fotinhos das duas remessas de fotos que tirei!












Sítio da Tina - de noite...

Chegamos lá, não faço ideia que hora era...

Mas posso dizer que fomos bem recebidos!

O SITIO DA TINA localiza-se em Criúva - distrito de Caxias do Sul - mais especificamente na Mulada...

Sou péssima em explicar locais, mas segue:

Vá até Criúva - saindo de Caxias, se puder optar, vá por Vila Seca, ainda tem trechos em estrada de chão, mas a estrada é nova eainda está muito boa, sem contar, que se for por São Marcos, você tem que pagar pedágio e tem a serra onde a chance de pagar um caminhão a 12km/h é grande!
Chegando em Criúva, vá até o Memorial dos Bertussi - se não souber onde é, pergunta! - logo em frente vai ter a placa indicando onde é o Sitio da Tina - sugiro que tentem chegar com luz do dia... porque as plaquinhas depois no trechinho até o sitio estão bem apagadas...

Sobre o local - postarei fotos na sequência... mas, eu diria que: para quem busca , tranquilidade e um pouquinho da vida simples do campo é um ótimo local, com  ótima comida e infra-estrutura de uma casa simples - sem luxos, mas com essencial para se ter conforto - boa cama e um chuveiro quentinho (não sei se no invernão é beeeeem quente, mas pra poucas noites tenho certeza que dá, pelo menos no na "minha casa" onde ficamos tinha estufa no wc)

Não sei informar exatamente quantos leitos o local  dispões, mas com certeza, eu vi:
2 quartos com 5 ou 6 camas (meninos e meninas, não que não possa "misturar"), um outro quarto com 3 ou 4 camas e um de casal - estes ficam na "casa principal" onde servem as refeições e tem uma sala em comum... o banheiro é 'meninos' e 'meninas' de uso comum.
Em outra casa a parte - logo do ladinho 1 minuto e você está na casa principal - que foi onde ficamos - tem 3 quartos de casal, sendo que um tem até um berço; tem um banheiro, sala e cozinha de uso comum.

No nosso pacote ficou assim:

R$70,00 por pessoa - com direito à: janta (eles fizeram uma sopa da agnoline muuuuuuuuito boa, pão caseiro, risoto, salada, vinho tinto e branco e refri - à vontade); pernoite; café da manhã e almoço. (depois falo dos outros cardápios)

Sinceramente, nem um pouco caro - preço justíssimo!

Depois da janta, o pessoal continuou o jogo de carta, uns ficaram perto da lareira... até que lá pelas tantas alguns "toparam" uma caminhada noturna...

depois de nos embrenhar-mos pelos matos, fomos caminhando pela estrada observando a lua, fazendo piada com filmes de terror e lendas urbanas... rir, caminhar e fotografar - ótima combinação para terminar bem a noite!

 A lareira na sala da casa principal...

 Na "varanda" da casa principal...


 Lua... meio tremida... mas possível ver que estava linda!

Bichinhos que se encontra pela noite...


Depois que - acho eu - uma hora fora... retornamos e com certeza todos "capotaram" a cama...

Ponte do Korff - Criúva

Eis que então foi organizada nossa primeira saída fotográfica pós curso - créditos pra Cerise Gomes .
Logo depois que encerramos o curso com a Paula já marcamos nossa saída... a programação então ficou:

SAÍDA: Sábado 29/9 - não vamos comentar os probleminhas que houveram sobre o local correto, porque no fim deu tudo certo...

Destino final - SÍTIO DA TINA com retorno domingo 30/9 finzinho de tarde...

ROTEIROS intermediários... a definir com todos juntos...

Então, definimos: vamos primeiro pra PONTE DOS KORFF! Se quiser saber mais dá uma olhadinha nesta matéria do correio do povo... é legal.

 Vista quando está descendo...

 Na própria ponte - passagem em madeira e acredite - ainda passa carro.

 O resto da estrutura é metálica...

 Vista da parte de baixo, em um "lajeado" sob o Rio das Antas.

Depois seguimos para o Sitio....

Fotografia... será?!

Dizem que nunca é tarde... realmente acho que não...
Desde pequena convivi com este mundo de perto, mais como modelo do meu pai, o qual me fez "posar" para 'trocentas' fotos quando era menor... depois veio nossa viagem para Argentina/Chile, onde comecei a me interessar pela coisa - afinal a máquina digital te permite errar bem mais do que a analógica - de filme, onde se você "ferrasse" com uma foto, era 1/24 por exemplo perdido, quando não muito o filme todinho...

Terminada a etapa graduação, passei para etapa vagabundagem que durou de março a maio, daí como dizem "partiu academia", mas logo bateu o tédio de novo, e em uma conversa com uma ex-colega de trabalho (já vou chegar no pq do ex) ela me informou sobre um curso - clica aqui - blog ainda em desenvolvimento - e daí fui fazer... pra encurtar a história, fiz ótimos amigos e pelo visto ainda vamos sair fotografar muito (em breve outros posts falando disso).

A rotina segue, e algumas coisas ficam melhores e outras ficam piores - ou simplesmente a vida segue seus ciclo natural.
Meio dia - mais ou menos - do dia 21/9 olho uma chamada no celular. Ligo, era da secretaria de turismo informando que as minhas fotos tinha sido premiadas no III Clic Fotográfico de Caxias ... fiquei bem feliz afinal, mesmo havendo poucos inscritos conseguir dois terceiros lugares no primeiro concurso que me inscrevo, e com fotos que foram feitas durante as aulas, me parece bom!

Mas como ia dizendo, neste mesmo dia, me chamam e me informam que estou demitida - os motivos quem me conhece sabe. E então mesclam-se sentimentos de alegria e tristeza juntos...

A PARTE BOA - O sentimento de alegria superou o de "tristeza".

Depois olhem o flickr - Bem é isso... fica a pergunta agora que estou desempregada - fotografia? será?!

Traditional Gaelic Blessing

May the road rise to meet you,

May the wind be always at your back.

May the sun shine warm upon your face,

The rains fall soft upon your fields.

And until we meet again,

May God hold you in the palm of his hand.

May God be with you and bless you:

May you see your children's children.

May you be poor in misfortune,

Rich in blessings.

May you know nothing but happiness

From this day forward.

May the road rise up to meet you

May the wind be always at your back

May the warm rays of sun fall upon your home

And may the hand of a friend always be near.

May green be the grass you walk on,

May blue be the skies above you,

May pure be the joys that surround you,

May true be the hearts that love you.

O PORTO (Uma pequena grande história de porque tudo isso...)

A tomada de uma decisão que faz-se equivalente a um divisor de águas em nossas vidas, pode trazer-nos muitas expectativas as quais nem sempre se realizam... No meu caso, decidi ter a experiência de ir para Irlanda, Dublin, num pais que fala-se outro idioma (o inglês), o qual, por sinal sei muito pouco. Bem, acho melhor começar desde de o começo...
Em meados de 2008, acho que foi final de Abril, um amigo de Jéferson, meu namorado, foi até a casa dele e o convidou para ir com a banda deles a Portugal. A idéia era ficar 6 meses, estudando e fazendo alguns shows pela Europa. Meu namorado já havia pensado nisso na sua adolescência, mas ainda não tinha parado e verificado a real chance.
Já eu, tinha o sonho, de até meus 22 anos, passar um tempo fora do Brasil. De início queria Cuba, depois Espanha, depois México, mas realmente não tinha pensado em Portugal. Pois bem, ele ficou pensativo. Como seria? Os dois longe? Eu me importaria? Foi aí que eu disse “e eu não posso ir junto?” e aí ambos tivemos a surpresa feliz, além de irmos “namorando”, tínhamos ganhado um parceiro de viagem...
Fomos então ver como funcionava irmos pela UCS... para qualquer país que não fale-se português, teríamos que fazer uma prova de proficiência e atingir um resultado muito bom... nem tentamos, seria perda de tempo... Então vamos lá! Portugal... E aí a primeira chateação: para o 2º semestre de 2008, não havia mais tempo. Desistir? Não! Eles apenas teriam que arrumar outro baixista para ir com a banda... Acho que no fim, só foi mesmo o cara que convidou...
Depois disso, surgiu outro plano, ir com banda dele, mas não no 1º semestre de 2009, no 2º, para banda se preparar... Eles teriam 1 ano e 4 meses para isto... E para onde iríamos? Bragança, uma cidade no Norte de Portugal, pequena mas muito bonita. Tentaríamos os quatro, eu, ele e os dois amigos da banda.
E foi assim até Março de 2008, “preparando”, pesquisando. Bragança seria mais fácil, pois fomos informados que não havia procura para lá, então não haveriam concorrentes. Não era uma cidade tão famosa, portanto, não tinha um custo de vida muito alto, o que para nós seria ótimo, já que na Europa tudo é mais caro...
O tempo passou, até que bem rápido, e chegou o “dia” de irmos ver para nos inscrevermos... nesse meio tempo, já desconfiávamos que os dois amigos do Jéferson, não iriam, mas nós dois não iríamos desistir. Pois aí que tivemos a segunda chateação: não havia mais convênio com o Instituto Politécnico de Bragança, assim, só nos restava: o Porto.
Porto é uma das cidades mais turísticas de Portugal, cidade litorânea, onde também são fabricados os famosos vinhos do Porto. Assim, já ficaria ao menos uns 30% mais caro para se viver. Mas ok. Vamos lá... não seria um custo de vida um pouco mais elevado que iria nos impedir!
Mas aí vem a terceira chateação. Não haviam nem 3 dias que tinha ido lá e ficado sabendo de Bragança, e eis que ouço um zum zum zum “a UCS quer cobrar 12 créditos do curso para os estudantes fazerem intercâmbio”. Nossa! Doze créditos, aumentava para mim uns R$ 2.500,00 e para Jéferson uns R$ 4.000,00. Daí sim, estávamos de certa forma condenados a não irmos, ao menos não agora! Foi a primeira vez que chorei por causa disso.
Revolta vai, revolta vem, manda e-mail, manda ofício. Até que uma boa notícia: não vão cobrar ainda isso. Pensamos “ufa” e começamos a ver todos os documentos necessários. Na correria de tudo, uma quarta chateação, era um pré-requisito ter 50% do curso concluído, eu tinha eles exatos, mas meu namorado, em torno de 43%... será que daria? E conversa vai e vem, ele pôde se inscrever, mas ficou com um pé atrás.
Em 9 de Junho, numa terça de tarde, fomos num evento de pré-embarque da UCS e ficamos sabendo que da faculdade dele, a Fernando Pessoa, tinham duas vagas, e dois inscritos, ele e uma menina também da Engenharia Ambiental. Da U. do Porto, tinham 10 vagas, e 5 inscritos, eu e mais 4 meninas, cada uma de nós de cursos e áreas diferentes. Depois de saber que tinha sido “selecionada” pela UCS, foi uma das minhas primeiras alegrias. Porém, achei estranho, 2 meninas da U.P. já tinha recebido carta de aceite. Mas eu e mais duas, nada... ainda assim, a esperança é última que morre, mesmo embora eu soubesse que uns 80% das pessoas inscritas, dos mais ou menos 60, já haviam recebido resposta, ou ao menos um e-mail, eu não desanimei.
Foram se passando os dias, até que em 18/6 fui ver se eles sabiam de algo, e fiquei sabendo que a carta dele já estava a caminho: ele tinha sido aprovado, fiquei feliz, mas também fiquei sabendo em seguida que a minha e mais uma menina da U.P. estava sob análise ainda. Fiz a matrícula. Demorou mais umas 3 semanas e a carta dele chegou por e-mail.
Neste meio tempo, me comuniquei com a outra menina que esperava resposta como eu. Pude compartilhar o sentimento de angustia com alguém, isso fez muito bem... Mas uma coisa era real, algo estava me deixando pensativa. Eu pensava que iria dar certo, mas tinha um palpite que não. Sexta, dia 10/7, procurei no site da U.P. informações... o que tenho a dizer... fiquei muito deprimida, vi que para o curso de economia, o qual eu estava inscrita, (já que o curso de Administração de Empresas é um curso de pós, então se faz Economia e Gestão) só tinham 8 vagas para América Latina, e o pior, com preferência para inscritos em outro tipo de programa, ou estudantes da área, que na realidade, a minha não é exatamente economia...
Para valer, foi a segunda vez que chorei. O Porto, estava ficando cada vez mais longe. Contudo, eu ainda tinha esperança que estivesse “lendo” as informações de forma equivocada. Mas já estava me preparando, mas eu tinha que parar de ser egoísta...
Segunda, dia 13/7, acordei pensando o que seria um dia bom, já que na noite passada, havia implorado uma ajudinha dos céus, para que eu tivesse essa semana, uma resposta. Seja ela qual fosse! Realmente, foi uma segunda bastante agradável, pude adiantar alguns papéis para o visto e recebi a última nota que faltava da UCS, um 4 em RH2. Terça, comecei o dia com mesmo pensamento, estava além de tudo feliz porque ia folgar sexta, quinta de tarde ia pra minha vó, campo, ar fresco, tranqüilidade, mas no meio da tarde, começou um angustia fora do normal, um “não sei o que” tão monstruoso que fez eu roer minhas unhas (de novo) de uma forma que fazia tempo que não fazia.
Na terça ainda, mandei um e-mail pro pessoal do Intercambio da UCS, perguntando, se “será que não está demorando porque pedi muitas matérias, e eles não podem aceitar... diga que não farei todas, é só pra ter mais opções...”. De noite nossos vizinhos jantaram aqui, foi muito agradável, conversei sobre a viagem, mas não deixava de colocar um “se” na frente de cada frase que se referia a minha viagem, na verdade o tempo inteiro foi assim. Na quarta de manhã, acordo com o telefone, dei um salto da cama. Era o Jeferson, tinha ido a POA, se informar sobre o visto, e iria ao aeroporto autenticar a carteira de vacinação, etc. Ele me ligou e falou que só estavam marcando o visto pra depois de 13/8, com mais aproximadamente 40 dias mais, só iríamos viajar final de Setembro, fiquei apreensiva já que nem sinal da minha carta.
Resolvi ligar para o consulado, agendar uma data, como se tivesse tudo certo, caso não desse, eu desmarcava. Acabei ligando e caiu num outro local, tentei novamente, e deu ocupado, achei que o número podia estar errado, então liguei para informações de Caxias, mas eles não tem dados de POA. Aí que eu fiz a ligação mais horrível da minha vida até hoje. Liguei para o escritório de intercâmbios, para confirmar o número do consulado. Quando comecei a explicar a idéia, a moça do outro lado da linha começou mais ou menos assim: “Elen, a gente recebeu teu e-mail, e na verdade a gente já tem uma resposta (essas alturas eu já sabia)... é infelizmente foi negativa...” o meu coração nunca bateu tão rápido e descompassado. Vi o quanto o ser humano não está preparado para receber um não, ainda mais quando é um não para um sonho, uma expectativa. Apenas consegui pedir porque, ela respondeu, era sobre as 8 vagas, muita gente recebeu não, eu fui uma dessas pessoas. Eu disse que já sabia. Disse com a maior das falsidades que pude encontrar: “é né, fazer o que... não deu não deu”. Desliguei.
Agora vem a realidade. Gritei. Gritei um “que meeeeerda” tão alto, que não sei como os vizinhos não vieram ver. Coisas voaram nas portas do guarda-roupa, tive vontade de rasgar todos os papéis que falavam do intercâmbio. Chorava. Chorava como se tivesse perdido um ente querido. Chorava de raiva. Senti muita raiva, porque deixar a gente esperando tanto tempo para dizer não. Fui tomar banho. Chorei mais, quebrei o cabo da minha escova de cabelo quando atirei ela no chão. Agradeci, afinal, eu tive uma reposta na semana que queria, e o melhor, estava em casa. E o tempo todo, a minha cachorrinha Luna, ficou ao meu lado, não podia dizer nada, mas colocava as suas patinhas da frente na minha perna e deitava sua cabaça na minha coxa... chorava de ver ela ali comigo...
Voltando a minha breve conversa por telefone, com a moça da UCS, no final da conversa, ela mencionou que se desejasse eu podia passar até 3 meses em Portugal como turista, sem visto, ou então, tentar outro intercambio, por outro meio. Enquanto tomava banho pensava... fui trabalhar. Peguei o ônibus, e fui em pé. Não sorri o tempo todo. Cheguei no serviço, pude dissimular bem, acessei meu e-mail, e li a tal resposta. Tinha de olhar para cima para não chorar de novo. O dia não rendeu nada, porém não perdi tempo, mandei e-mails pras 3 operadoras de intercambio que conhecia. Uma, acho que não entendeu muito bem o que eu escrevi, disse que não tinha nada para Portugal, mas eu já não queria mais ir pra lá, outra até agora não me respondeu nada, e uma delas, respondeu meu e-mail. Tinha três propostas a princípio, já para ir em Setembro, Espanha, sem “visto”, mas sem possibilidade de trabalho; Inglaterra, “sem” visto como estudante, sem trabalho, se quisesse o de trabalho, teria que ir até o Rio de Janeiro, e era bem mais difícil ou, a mais em alta, Dublin, na Irlanda, visto de seis meses com possibilidade de trabalho.
Em pouco tempo, já estava tudo “analisado” e “decidido”: eu iria para Dublin. Mas é claro, conversando com os mais próximos, conselhos sempre são repassados para se pensar bem, analisar com calma, ver se valia a pena perder um semestre de aula só pra dizer que eu fui e ponto. A minha cabeça doía como fazia tempo que não doía. Fui para a última aula de inglês. Era dia de prova, não sei como fiz toda ela, e ainda acho que fui bem, em talvez 20 minutos. Meu pai foi me buscar. Eu quase chorei, mas não chorei pra não deixar ele nervoso.
Vim pra casa, algumas palavras, e silêncio, palavras e silencio. Pegamos meu namorado na casa dele. E novamente, palavras e silêncio. Cheguei em casa, dei um abraço na minha mãe, e chorei. Ela chorou também. Todos estavam tristes. Daí eu disse à ela que eu não ia desistir, e ela disse que sabia disso. Conversei rapidamente com meu pai, minha mãe e meu namorado sobre as minhas idéias. Meu pai, disse que o que eu decidisse ele daria um jeito e assinava em baixo. Já minha mãe e meu namorado, disseram para eu pensar antes de tomar qualquer decisão. Eu, ainda chorei mais uma vez, junto com meu namorado.
Quinta acordei com uma estranha felicidade. Fui trabalhar, fiz o que tinha que fazer. Mandei mais uns e-mails. O dia rendeu. Deu 13h e comecei me arrumar para sair, íamos pegar a estrada. Conversamos muitos sobre as propostas. Fiquei de usar o final de semana para decidir. Chegando na minha vó, contei mais ou menos o que tinha acontecido. Minha madrinha lamentou muito. Na mesma noite fiz um balanço das idéias que tinha em mente: não ir, terminar o estágio, ficar mais um ano, e ir em seguida... mas pra onde seria? Portugal de novo? Não obrigado. Afinal, eu não teria proficiência suficiente em outro idioma, então me restava ali, ou África, que não me atrai tanto, não por nada, só não é bem o que queria. Poderia usar a idéia do Jeferson, para não perder o semestre inteiro, ir e fazer um curso menor de 3 meses, daria tempo de juntar mais dinheiro, e se eu gostasse, ficaria, mas isso, eu não sabia muito bem se dava, e com 3 meses só, não daria para ao menos tentar trabalhar. E ainda, ir agora em setembro, ficar lá 6 meses e tentar arrumar alguma coisa pra empatar os gastos, perderia o semestre, mas aprenderia outro idioma em bem menos tempo que fosse aqui no Brasil, e claro estaria um pouco mais perto do namorado.
A decisão era quase certa, ia ver quanto ao curso de 3 meses, se não valer a pena, pelo custo benefício, farei o de 6 meses, ambos saiam caro, mas tinha que fazer valer. Então, recebi o orçamento, de 4 meses... e vi que não valia a pena, o valor era muito pouco inferior, e a passagem diferença de aproximadamente R$ 200,00, então, não valia a pena.
Segunda, dia 20/7, o dia do Amigo, eu fui conversar e ver mais detalhes... encontrei, por acaso, o um homem que foi colega (indireto) de trabalho, o qual eu tinha ficado sabendo que o filho tinha a pouco voltado de Dublin. Seria um sinal? Já fui conversando com ele, e pedi se podia tirar duvidas e se o rapaz poderia me dar umas dicas (eu ainda não tinha decido), o colega foi muito atencioso, passou o telefone do filho e disse que avisaria que eu ligaria. Encontrei uma amiga, e já lhe adiantei os fatos. Fui até a operadora, conversei, tirei duvidas, e fiquei de decidir.
Vim para casa... conversei... e decidi, o que já estava decidido. Eu iria. Seis meses, num país que sei pouco (vou estudar é claro), falo somente frases prontas em sua língua, só com um conhecido (uma colega da UCS, que foi de novo agora em Junho, porque amou de paixão o país). Com a grana meio contada, numa ilha, a mais de 12h de vôo de casa, no hemisfério oposto, e muito mais coisas, que assuntam a muitos, mas a mim, me atrai!
Hoje quarta dia 22/7/2009, eu fui preencher alguns papéis, amanhã já irei com meu pai, fazer a transferência do dinheiro, torcendo para ol cambio ser mais favorável. Sabem, as vezes nos dizem, que quando não dá certo uma coisa, a gente não deve insistir, por que de certo não era pra ser. Faz sentido, mas não ligo muito, contudo, de qualquer forma, não insisti, não vou ir pra Portugal. Por outro lado, minha mãe logo disse, fecha-se uma porta, abre-se outra, quem sabe algo melhor não me espera? Medo de não ser como eu espero, embora TODOS dizem que é maravilhoso... não tenho. O ridículo é se acomodar. Bom ou ruim, poderá ser aqui, em Portugal, ou num hotel em Fernando de Noronha de graça, basta não estar fazendo o que se quer muito, e de coração.
Sinceramente, não acredito que será ruim. Poderei não ir a tantos lugares quanto queria... mas quem disse que eu quero parar? Ainda mais se gostar... Conviver com outras culturas, ter experiências novas, aprender e praticar outro idioma no dia-a-dia, conhecer lugares, histórias, estórias... e mais, sentir falta de quem se ama e dar mais valor ainda. Isso também é a prender!
Uns podem dizer que de nada vale, que é um dinheiro mal empregado, que não vai me agregar nenhum valor profissional, que eu poderia investir em outras coisas, embora eu ache que na parte de emprego, um inglês bem aprimorado é um bom diferencial... Enfim, poderão muitos dizer coisas que não me farão desanimar, tão pouco desistir... poderão falar que a minha família não estava pode podendo bancar isso... não quero provar nada pra ninguém, embora as vezes eu me sinta imensamente superior por ter essa oportunidade. O dinheiro se recupera, a oportunidade não. O saber não ocupa lugar... e mais, podem te deixar nu, podem te deixar sem nenhum um tostão no bolso, podem te tirar tudo, mas o teu saber: jamais.
E é por isso ser uma pena que muitos ainda andem com viseiras, e achem que não é tão importante assim a educação. É uma pena que ainda existam pessoas que não possam realizar seus sonhos, por que alguém, muitas vezes eleitos com a confiança delas, desviou a verba que iria para parte da realização desses sonhos... é uma pena, é triste mas é verdade. Lamentável, como possam ainda não deixar as pessoas ao menos, chegarem com seus barquinhos, no Porto de seus sonhos... mesmo assim, mesmo que pareça difícil, mesmo que pareça que não há outro caminho, mesmo que pareça que tudo conspira contra você... uma coisa eu afirmo: não ancore o seu barquinho esperando que alguém tire ele dali. Você mesmo vai ter que ir atráz do jeito de sair... e navegar!

Elen Concari de Aguiar, 22 de Julho de 2009. 23:35h