quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Clifs of Moher - Amazing!

Soh analise por alguns instantes a imagem... dispensa qualquer tipo de comentario adicional... mas vou contar da trip em geral...
Compramos um tour por 10 euros, o roteiro foi um pouco alterado por causa do inverno, entao ficou assim:
Ruinas de uma abbey que tem um cimiterio - Corcomroe Abbey, um castelo em ruinas perto de um lago ou baia - Muckinish Castle,depois paramos num local onde podemos ir ao wc e comer... depois comecamos a subida em direcao aos clifs...
Depois de ver os clifs, paramos em mais um castelo - Doonagore Castle, e seguimos caminho pela costa onde fizemos mais uma parada onde tirei essa foto...Local espetacular! Muito lindo mesmo!
E por ultimo paramos no Dunguaire Castle que passamos na vinda mas nao paramos...
Em si, deixamos de ver alguns locais que gostaria de ter visto, mas passamos em outros que nem imaginaria...mas pra quem vai ficar pela europa no verao... certamente o passeio eh melhor ainda, embora nao podemos nos queixar pois a neblina cooperou e foi embora!
Caso queira ver o trajeto ai tem o link...
http://maps.google.com/maps?f=d&source=s_d&saddr=Galway,

We went to Galway!

A vantagem em ser gaucho, estah entre muitas delas (ou nao) atrair outros gauchos... numa dessas, eh que entra a Grazi na historia, ela entrou na escola e bla bla bla pra ch, bla bla bla pra lah, era de POA e dai jah comeca a conversacao e dai que nao se esticar, decidimos ir juntas pra Galway...
Nos encontramos na frente do Burguer King por volta das 9:30, mas infelizmente tive que resolver um probleminha no meu vodafone, entao nao pegamos o busao das 10, soh das 11h... (18 euros ida e volta, ambas com horario e dia aberto pelo periodo de 1 mes!)
Chegamos por voltas das 14:30h, tinhamos uma listinha de uns 8 hostels, nao foi nada dificil achar a rua deles, tudo muito perto, mas primeiro passamos no turist office, (um dos mais completo que jah vi), mapinha na mao e achamos o primeiro hostel da nossa lista e jah ficamos por lah, 10 euros com cafe...
Havia uma neblina que estava nos deixando pra baixo e pensando que nao ia rolar o tal tour pelos clifs e adendos, mas enfim... comemos um lanchinho, fomos dar uma volta ver o que tinha de atrativo na city (eh uma fofa mini Dublin...) comecou dar frio, e voltamos ao hostel colocar mais roupa, ficamos um pouquito lah, e saimos em busca de janta, e achamos um cara muito do educado que pediu se queriamos ajuda e tal, mas depois ele comecou ficar educado demais convidou pra tomar uma ceve etc e tal... mas dei sabe neh! Coisas da Irlanda!
Caminhamos ateh que depois de pesquisar achamos um local com um preco e menu bom, solicitamos os respectivos pratos... quando veio, relamente nao era pequeno, mas... SPICE! Era bom, mas SPICE! Mas comemos... depois disso catamos um pub e lah ficamos bartendo um papo e tomando uma pint de 3 euros!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Belfast Castle

Na noite decidimos ir no Belfast Castle, pegar o busao e ver "das qualeh q eh!"
Recebemos uma otima explicacao do cara do hostel melhor que muito tiozinho que trabalha em coisa de turismo. Tambem descobrimos que nao havia metro, como haviamos pensado apesar de nao ver nenhuma placa de subway, a gente via por tudo placa de METRO, o qual, viemos a saber que era o VISATE - ou seja, o bus eh METRO! E eh rosa e braco! BOM, o importante eh que achamos, foi pontual, pegamos o dito cujo, e achamos o caminho.
Chegamos lah, e comecamos a caminhada ateh o castelo, uma cao veio ao nosso encontro, falamos o dono dela, seguimos ateh o o castelo, que nao era muito velho, e hoje eh um Chateou Lacave, assim, casa que serve pra fazer eventos... mas bem legal, tem um monte de coisa de gatos no castelo, bem legal!
A vista eh lindissima, alias, eh o caminho todo!
Depois dali, tentamos (porque eu tive que desistir no meio do caminho) fazer uma trilha... mas o quanto eu pude, foi cruel (pelo medo de cair no gelo), perigosa (gelo), mas muito compensadora (tambem por causa do gelo)... depois e creio que a vista soh ficaria melhor, mas dai, alem do gelo, havia pedras e etc... e o tenis nao tava sendo meu melhor amigo pra subir, nao seria dificil (pois ateh crianca coseguia) mas tinham uns acessorios beeeem legais!
De qualquer forma, foi tri!
Depois, voltamos, comprei umas coisinhas e fizemos uma horinhas pelo centro, voltamos pegar as coisas no hostel, e dali bora pra casa!!! =(

Belfast - Passeios

Levando em consideracao que era dia 2 de Janeiro, nao dah pra tirar parametros se eh ou nao cidade pacata, pareceu meio deserta no inicio.
De cara, descendo rumo ao centro, achamos sem querer um dos pontos turisticos mais unders, um Market, o qual, a crianca aqui que vos escreve, teve que parar pra entrar porque viu um "beeehhhh" e viu uma ovelhinha bebe, e a mae ovelha louca de brava, entrando, haviam ainda coelhos, caezinhos, porquinhos da india, etc. Ficamos pouco pois a fome batia e a mochila era pesada... embora eu insisti que a comida devia ser barata e boa lah...
Largamos as coisas no hostel, que achamos facil, fomos comer no tal do KFC, enquanto viamos o que fazer na terra onde o TITANIC foi feito (sim, foi em Belfast!).
Pra encurtar caso (coisa que eh muito dificil pra mim!) fomos num museu (denovo) e
no caminho (ida e volta) fomos parando e tirando umas fotos meio loucas.

Andamos de roda gigante, jah que nao fomos no London Eye, pagamos 5 libras irlandesas (porque nao eh a mesma nas notas, mas as moedas sao as mesmas de Londres o_O estranho) a tal da roda, vai ateh que bem alto, para lah em cima um tempo e volta, faz isso umas 6 vezes, valeu a pena...

Depois saimos em busca da cupula azul que vimos da roda, rodamos e quando vimos entramos num shopping "soh pra ver" eis que olho pra cima, e eh a tal da cupula azul, sim, era um shopping!
Depois fomos perto do rio, achamos o peixe que todos tem foto, mas nao descobrimos se passamos perto de algum local que tenha a ver com o Titanic.
E pra terminar, fomos comer Kebab, e depois beber um beer num Pub Irlandes do Norte!

Belfast - Northern Ireland

Entao, pra quem nao sabe, eh a capital da Irlanda do Norte que faz parte do Reino Unido, mas nao da GB... ASSIM, eh outro pais, na mesma ilha da irlanda...
Primeiro passo foi comprar o trem, deu 20 euros ida e volta, 2h horas de viagem, (O trem chega a 90 milhas por hora, se 90 milhas sao 150km, entao deve ser uns 300km tudo... nao, nao eh tudo isso... um momento vou pesquisar... 102 milhas, ou 164.5 km, eh entao o trem nao vai a 90 milhas por hora... ou deve ser porque ele para umas 2 vezes... nao importa!)
Bom, que posso dizer que o caminho eh muito legal, vi muitas vaquinhas e ovelhinhas no pasto, as montanhas com neve, mas nao... EU NAO VI AINDA NENHUM LEPRECHAUM! (o qual se diz LEPRECAUM - Som parace de maca - massam, mas eu nao tenho os acentos "til" aki, nem cedilha).
Chagando na estacao pedimos por um mapa, e nos deram um guia, fomos realmente bem atendidos de inicio!

domingo, 10 de janeiro de 2010

Kilmainham gaol e War Garden

Este primeiro eh uma prisao muuuuuito antiga, muitos lideres Irlandeses, da epoca da guerra entre Irishs e Britishs ficaram presos lah...
Todo o predio estah muito conservado, mas as escadas estao bastante gastas e todo o tempo a guia pede cuidado ao pessoal.
O local eh frio e cada cela eh muito pequena, nao havia janelas com vidros e nem nada pra aquecer...
Entre tudo a historia mais interessante e de uma cara, que se casou dentro da capela da prisao, somente ele a mulher, o padre e um guarda britanico. Eles passaram 10 minutos juntos, foram seprarados, e se entendi bem, ele foi executado em seguida... muito muito muito triste.
Depois disso fomos pro War Gardens, eh um Park, com dois grandes jardins, o qual eh em homenagem aos mortos nesta guerra.
Lugar lindo, e o dia estava frio demais, assim se tornou quase impossivel explorar mais, mas o pouco que vimos (tambem porque estava quase fechando o park) eh um lugar bem legal pra visitar... proximo ao Phoenix Park, vah, mas melhor no verao!

Guinness StoreHouse!

Tah, a gente tirou a nossa propria pint de Guinness e deu! Isso dispensa mais explicacoes ateh porque voce encontra tudo no site e mais coisas no Wikipedia!

Mas posso dizer:
O local eh em formato de pint gigante.
Sao 6 andares, sendo que o 6o nao existe vai pro 7o, onde voce ve toda city (quase).
Na parte das propagandas nao deixa de assistir pelo menos algumas.
Na parte falando dos barris eh muito legal porque se voce pegar o fonezinho, tem uma historia muito tri sobre a iniciacao dos caras de faziam os barris, a qual incluia, nao casar, fazer uma barris taca fogo, depois de mais uma trankeiras, levava um banho de guinness... enfim,,, loucura total...

No fim, a loja de souvenirs que te enlouquece, mas te rapa o bolso, mas o meu ficou a salvo...

Se vier a Dublin, nao deixe de visitar 11 euros muito bem aproveitados!

Entao eh Natal...

Vespera de Natal o negocio foi dormir...
A noite o negocio foi ir pra casa do Uiu e da Danny e ENJOYAR a companhia de todos e passar um Natal bem agradavel!
A ceia foi tudo de bom, com direito a peru e tudo!
Estava tudo maravilhoso...
Fizemos uma amigo secreto bem diferente, onde o ultimo se dava melhor que os primeiros... mas nao to afim de explicar,,,
Alegria a parte, triste foi a volta: FRIO DO C******!
O dia de Natal comemos umas pankekas mara que a Re fez... a eras isso meu amigo... por o frio tava pegando!

Procurando por Kebab...

Saindo do Park, passamos brevemente pelo Temple Bar, e entramos tomar uma pint no Temple Bar - Bar. Depois disso, saimos atraz de uma Kebab... eis a saga do dia, pois a maioria dos Kebabs era cara... entra num, entre noutro, ateh que decidimos voltar, sem comer, ateh que no caminho, olhamos um Kebab bem underground, Momo's Kebab, verificamos o preco, tava bom, valeu a pena, e lah ficamos.
Solicitei o prato frizando - SPICE!
O tiozinho atendeu. O local parecia bem frequentado (por nativos locais... do pais do kabab...) havia ateh uns piazinhos que pareciam ser fregueses a anos, e pelo visto a diversao deles, jah que nao ha nenhuma YES pra eles irem, entao a diversao eh encher a cara de coca e a panca de kebab...
Assim, Jeferson satisfeito, Voltamos felizes pra casa.

Phoenix Park


Entao, acordamos na quarta nem cedo nem tarde, mas nao lembro que hora era. Fomos entao em direcao ao Phoenix Park.
Fomos caminhando beira rio Liffey, aproveitando a paisagem.
Chegamos ah e podemos ver o park com uma quantidade lagal de neve, o laguinho razoavelmente congelado e os patos escorregando.
Alem disso podemos tirar fotos de pessoas meio lezadas dando pao pros bixos (q nao faz bem) e assim os probrezinhos dos bixinhos se carneando entre eles por um pedaco de pao, que em breve matara eles...
E claro que o Jeferson, bateu um papo com os penosos, assim como em Londres.
Quase indo embora, presenciamos os pais levarem os filhos pra pessear, sim! Levar. Como pode ver na foto, tem colerinha e tudo! E eh assim que as criancas crescem educadas! Muito bom!

Dublin - Me and my Love - 1ft days

Bom. Ao chegar de Londres, a cancaso era muito, entao no outro dia dormimos muuuuuito...
No dia 18/12 fui distribuir mais uns panfletos, e de noite ficamos por casa mesmo.
Sabado dia 19 passamos o dia tambem soh de boa, e a noite fomos num pub, despedida de meu mecanico de bicicleta... depois passamos no Portoblello pra olhar as pessoas estrahas dancarem e rir-mos.
No domingo possivelmente nao fizemos nada de mais.
Segunda e Terca trabalhamos como uns cavalos e decidimos nao ir mais pro tava foda e ponto.
Depois daqui pra frente dah pra separar por situcoes, porque dai a gente comecou ENJOYAR...

Traditional Gaelic Blessing

May the road rise to meet you,

May the wind be always at your back.

May the sun shine warm upon your face,

The rains fall soft upon your fields.

And until we meet again,

May God hold you in the palm of his hand.

May God be with you and bless you:

May you see your children's children.

May you be poor in misfortune,

Rich in blessings.

May you know nothing but happiness

From this day forward.

May the road rise up to meet you

May the wind be always at your back

May the warm rays of sun fall upon your home

And may the hand of a friend always be near.

May green be the grass you walk on,

May blue be the skies above you,

May pure be the joys that surround you,

May true be the hearts that love you.

O PORTO (Uma pequena grande história de porque tudo isso...)

A tomada de uma decisão que faz-se equivalente a um divisor de águas em nossas vidas, pode trazer-nos muitas expectativas as quais nem sempre se realizam... No meu caso, decidi ter a experiência de ir para Irlanda, Dublin, num pais que fala-se outro idioma (o inglês), o qual, por sinal sei muito pouco. Bem, acho melhor começar desde de o começo...
Em meados de 2008, acho que foi final de Abril, um amigo de Jéferson, meu namorado, foi até a casa dele e o convidou para ir com a banda deles a Portugal. A idéia era ficar 6 meses, estudando e fazendo alguns shows pela Europa. Meu namorado já havia pensado nisso na sua adolescência, mas ainda não tinha parado e verificado a real chance.
Já eu, tinha o sonho, de até meus 22 anos, passar um tempo fora do Brasil. De início queria Cuba, depois Espanha, depois México, mas realmente não tinha pensado em Portugal. Pois bem, ele ficou pensativo. Como seria? Os dois longe? Eu me importaria? Foi aí que eu disse “e eu não posso ir junto?” e aí ambos tivemos a surpresa feliz, além de irmos “namorando”, tínhamos ganhado um parceiro de viagem...
Fomos então ver como funcionava irmos pela UCS... para qualquer país que não fale-se português, teríamos que fazer uma prova de proficiência e atingir um resultado muito bom... nem tentamos, seria perda de tempo... Então vamos lá! Portugal... E aí a primeira chateação: para o 2º semestre de 2008, não havia mais tempo. Desistir? Não! Eles apenas teriam que arrumar outro baixista para ir com a banda... Acho que no fim, só foi mesmo o cara que convidou...
Depois disso, surgiu outro plano, ir com banda dele, mas não no 1º semestre de 2009, no 2º, para banda se preparar... Eles teriam 1 ano e 4 meses para isto... E para onde iríamos? Bragança, uma cidade no Norte de Portugal, pequena mas muito bonita. Tentaríamos os quatro, eu, ele e os dois amigos da banda.
E foi assim até Março de 2008, “preparando”, pesquisando. Bragança seria mais fácil, pois fomos informados que não havia procura para lá, então não haveriam concorrentes. Não era uma cidade tão famosa, portanto, não tinha um custo de vida muito alto, o que para nós seria ótimo, já que na Europa tudo é mais caro...
O tempo passou, até que bem rápido, e chegou o “dia” de irmos ver para nos inscrevermos... nesse meio tempo, já desconfiávamos que os dois amigos do Jéferson, não iriam, mas nós dois não iríamos desistir. Pois aí que tivemos a segunda chateação: não havia mais convênio com o Instituto Politécnico de Bragança, assim, só nos restava: o Porto.
Porto é uma das cidades mais turísticas de Portugal, cidade litorânea, onde também são fabricados os famosos vinhos do Porto. Assim, já ficaria ao menos uns 30% mais caro para se viver. Mas ok. Vamos lá... não seria um custo de vida um pouco mais elevado que iria nos impedir!
Mas aí vem a terceira chateação. Não haviam nem 3 dias que tinha ido lá e ficado sabendo de Bragança, e eis que ouço um zum zum zum “a UCS quer cobrar 12 créditos do curso para os estudantes fazerem intercâmbio”. Nossa! Doze créditos, aumentava para mim uns R$ 2.500,00 e para Jéferson uns R$ 4.000,00. Daí sim, estávamos de certa forma condenados a não irmos, ao menos não agora! Foi a primeira vez que chorei por causa disso.
Revolta vai, revolta vem, manda e-mail, manda ofício. Até que uma boa notícia: não vão cobrar ainda isso. Pensamos “ufa” e começamos a ver todos os documentos necessários. Na correria de tudo, uma quarta chateação, era um pré-requisito ter 50% do curso concluído, eu tinha eles exatos, mas meu namorado, em torno de 43%... será que daria? E conversa vai e vem, ele pôde se inscrever, mas ficou com um pé atrás.
Em 9 de Junho, numa terça de tarde, fomos num evento de pré-embarque da UCS e ficamos sabendo que da faculdade dele, a Fernando Pessoa, tinham duas vagas, e dois inscritos, ele e uma menina também da Engenharia Ambiental. Da U. do Porto, tinham 10 vagas, e 5 inscritos, eu e mais 4 meninas, cada uma de nós de cursos e áreas diferentes. Depois de saber que tinha sido “selecionada” pela UCS, foi uma das minhas primeiras alegrias. Porém, achei estranho, 2 meninas da U.P. já tinha recebido carta de aceite. Mas eu e mais duas, nada... ainda assim, a esperança é última que morre, mesmo embora eu soubesse que uns 80% das pessoas inscritas, dos mais ou menos 60, já haviam recebido resposta, ou ao menos um e-mail, eu não desanimei.
Foram se passando os dias, até que em 18/6 fui ver se eles sabiam de algo, e fiquei sabendo que a carta dele já estava a caminho: ele tinha sido aprovado, fiquei feliz, mas também fiquei sabendo em seguida que a minha e mais uma menina da U.P. estava sob análise ainda. Fiz a matrícula. Demorou mais umas 3 semanas e a carta dele chegou por e-mail.
Neste meio tempo, me comuniquei com a outra menina que esperava resposta como eu. Pude compartilhar o sentimento de angustia com alguém, isso fez muito bem... Mas uma coisa era real, algo estava me deixando pensativa. Eu pensava que iria dar certo, mas tinha um palpite que não. Sexta, dia 10/7, procurei no site da U.P. informações... o que tenho a dizer... fiquei muito deprimida, vi que para o curso de economia, o qual eu estava inscrita, (já que o curso de Administração de Empresas é um curso de pós, então se faz Economia e Gestão) só tinham 8 vagas para América Latina, e o pior, com preferência para inscritos em outro tipo de programa, ou estudantes da área, que na realidade, a minha não é exatamente economia...
Para valer, foi a segunda vez que chorei. O Porto, estava ficando cada vez mais longe. Contudo, eu ainda tinha esperança que estivesse “lendo” as informações de forma equivocada. Mas já estava me preparando, mas eu tinha que parar de ser egoísta...
Segunda, dia 13/7, acordei pensando o que seria um dia bom, já que na noite passada, havia implorado uma ajudinha dos céus, para que eu tivesse essa semana, uma resposta. Seja ela qual fosse! Realmente, foi uma segunda bastante agradável, pude adiantar alguns papéis para o visto e recebi a última nota que faltava da UCS, um 4 em RH2. Terça, comecei o dia com mesmo pensamento, estava além de tudo feliz porque ia folgar sexta, quinta de tarde ia pra minha vó, campo, ar fresco, tranqüilidade, mas no meio da tarde, começou um angustia fora do normal, um “não sei o que” tão monstruoso que fez eu roer minhas unhas (de novo) de uma forma que fazia tempo que não fazia.
Na terça ainda, mandei um e-mail pro pessoal do Intercambio da UCS, perguntando, se “será que não está demorando porque pedi muitas matérias, e eles não podem aceitar... diga que não farei todas, é só pra ter mais opções...”. De noite nossos vizinhos jantaram aqui, foi muito agradável, conversei sobre a viagem, mas não deixava de colocar um “se” na frente de cada frase que se referia a minha viagem, na verdade o tempo inteiro foi assim. Na quarta de manhã, acordo com o telefone, dei um salto da cama. Era o Jeferson, tinha ido a POA, se informar sobre o visto, e iria ao aeroporto autenticar a carteira de vacinação, etc. Ele me ligou e falou que só estavam marcando o visto pra depois de 13/8, com mais aproximadamente 40 dias mais, só iríamos viajar final de Setembro, fiquei apreensiva já que nem sinal da minha carta.
Resolvi ligar para o consulado, agendar uma data, como se tivesse tudo certo, caso não desse, eu desmarcava. Acabei ligando e caiu num outro local, tentei novamente, e deu ocupado, achei que o número podia estar errado, então liguei para informações de Caxias, mas eles não tem dados de POA. Aí que eu fiz a ligação mais horrível da minha vida até hoje. Liguei para o escritório de intercâmbios, para confirmar o número do consulado. Quando comecei a explicar a idéia, a moça do outro lado da linha começou mais ou menos assim: “Elen, a gente recebeu teu e-mail, e na verdade a gente já tem uma resposta (essas alturas eu já sabia)... é infelizmente foi negativa...” o meu coração nunca bateu tão rápido e descompassado. Vi o quanto o ser humano não está preparado para receber um não, ainda mais quando é um não para um sonho, uma expectativa. Apenas consegui pedir porque, ela respondeu, era sobre as 8 vagas, muita gente recebeu não, eu fui uma dessas pessoas. Eu disse que já sabia. Disse com a maior das falsidades que pude encontrar: “é né, fazer o que... não deu não deu”. Desliguei.
Agora vem a realidade. Gritei. Gritei um “que meeeeerda” tão alto, que não sei como os vizinhos não vieram ver. Coisas voaram nas portas do guarda-roupa, tive vontade de rasgar todos os papéis que falavam do intercâmbio. Chorava. Chorava como se tivesse perdido um ente querido. Chorava de raiva. Senti muita raiva, porque deixar a gente esperando tanto tempo para dizer não. Fui tomar banho. Chorei mais, quebrei o cabo da minha escova de cabelo quando atirei ela no chão. Agradeci, afinal, eu tive uma reposta na semana que queria, e o melhor, estava em casa. E o tempo todo, a minha cachorrinha Luna, ficou ao meu lado, não podia dizer nada, mas colocava as suas patinhas da frente na minha perna e deitava sua cabaça na minha coxa... chorava de ver ela ali comigo...
Voltando a minha breve conversa por telefone, com a moça da UCS, no final da conversa, ela mencionou que se desejasse eu podia passar até 3 meses em Portugal como turista, sem visto, ou então, tentar outro intercambio, por outro meio. Enquanto tomava banho pensava... fui trabalhar. Peguei o ônibus, e fui em pé. Não sorri o tempo todo. Cheguei no serviço, pude dissimular bem, acessei meu e-mail, e li a tal resposta. Tinha de olhar para cima para não chorar de novo. O dia não rendeu nada, porém não perdi tempo, mandei e-mails pras 3 operadoras de intercambio que conhecia. Uma, acho que não entendeu muito bem o que eu escrevi, disse que não tinha nada para Portugal, mas eu já não queria mais ir pra lá, outra até agora não me respondeu nada, e uma delas, respondeu meu e-mail. Tinha três propostas a princípio, já para ir em Setembro, Espanha, sem “visto”, mas sem possibilidade de trabalho; Inglaterra, “sem” visto como estudante, sem trabalho, se quisesse o de trabalho, teria que ir até o Rio de Janeiro, e era bem mais difícil ou, a mais em alta, Dublin, na Irlanda, visto de seis meses com possibilidade de trabalho.
Em pouco tempo, já estava tudo “analisado” e “decidido”: eu iria para Dublin. Mas é claro, conversando com os mais próximos, conselhos sempre são repassados para se pensar bem, analisar com calma, ver se valia a pena perder um semestre de aula só pra dizer que eu fui e ponto. A minha cabeça doía como fazia tempo que não doía. Fui para a última aula de inglês. Era dia de prova, não sei como fiz toda ela, e ainda acho que fui bem, em talvez 20 minutos. Meu pai foi me buscar. Eu quase chorei, mas não chorei pra não deixar ele nervoso.
Vim pra casa, algumas palavras, e silêncio, palavras e silencio. Pegamos meu namorado na casa dele. E novamente, palavras e silêncio. Cheguei em casa, dei um abraço na minha mãe, e chorei. Ela chorou também. Todos estavam tristes. Daí eu disse à ela que eu não ia desistir, e ela disse que sabia disso. Conversei rapidamente com meu pai, minha mãe e meu namorado sobre as minhas idéias. Meu pai, disse que o que eu decidisse ele daria um jeito e assinava em baixo. Já minha mãe e meu namorado, disseram para eu pensar antes de tomar qualquer decisão. Eu, ainda chorei mais uma vez, junto com meu namorado.
Quinta acordei com uma estranha felicidade. Fui trabalhar, fiz o que tinha que fazer. Mandei mais uns e-mails. O dia rendeu. Deu 13h e comecei me arrumar para sair, íamos pegar a estrada. Conversamos muitos sobre as propostas. Fiquei de usar o final de semana para decidir. Chegando na minha vó, contei mais ou menos o que tinha acontecido. Minha madrinha lamentou muito. Na mesma noite fiz um balanço das idéias que tinha em mente: não ir, terminar o estágio, ficar mais um ano, e ir em seguida... mas pra onde seria? Portugal de novo? Não obrigado. Afinal, eu não teria proficiência suficiente em outro idioma, então me restava ali, ou África, que não me atrai tanto, não por nada, só não é bem o que queria. Poderia usar a idéia do Jeferson, para não perder o semestre inteiro, ir e fazer um curso menor de 3 meses, daria tempo de juntar mais dinheiro, e se eu gostasse, ficaria, mas isso, eu não sabia muito bem se dava, e com 3 meses só, não daria para ao menos tentar trabalhar. E ainda, ir agora em setembro, ficar lá 6 meses e tentar arrumar alguma coisa pra empatar os gastos, perderia o semestre, mas aprenderia outro idioma em bem menos tempo que fosse aqui no Brasil, e claro estaria um pouco mais perto do namorado.
A decisão era quase certa, ia ver quanto ao curso de 3 meses, se não valer a pena, pelo custo benefício, farei o de 6 meses, ambos saiam caro, mas tinha que fazer valer. Então, recebi o orçamento, de 4 meses... e vi que não valia a pena, o valor era muito pouco inferior, e a passagem diferença de aproximadamente R$ 200,00, então, não valia a pena.
Segunda, dia 20/7, o dia do Amigo, eu fui conversar e ver mais detalhes... encontrei, por acaso, o um homem que foi colega (indireto) de trabalho, o qual eu tinha ficado sabendo que o filho tinha a pouco voltado de Dublin. Seria um sinal? Já fui conversando com ele, e pedi se podia tirar duvidas e se o rapaz poderia me dar umas dicas (eu ainda não tinha decido), o colega foi muito atencioso, passou o telefone do filho e disse que avisaria que eu ligaria. Encontrei uma amiga, e já lhe adiantei os fatos. Fui até a operadora, conversei, tirei duvidas, e fiquei de decidir.
Vim para casa... conversei... e decidi, o que já estava decidido. Eu iria. Seis meses, num país que sei pouco (vou estudar é claro), falo somente frases prontas em sua língua, só com um conhecido (uma colega da UCS, que foi de novo agora em Junho, porque amou de paixão o país). Com a grana meio contada, numa ilha, a mais de 12h de vôo de casa, no hemisfério oposto, e muito mais coisas, que assuntam a muitos, mas a mim, me atrai!
Hoje quarta dia 22/7/2009, eu fui preencher alguns papéis, amanhã já irei com meu pai, fazer a transferência do dinheiro, torcendo para ol cambio ser mais favorável. Sabem, as vezes nos dizem, que quando não dá certo uma coisa, a gente não deve insistir, por que de certo não era pra ser. Faz sentido, mas não ligo muito, contudo, de qualquer forma, não insisti, não vou ir pra Portugal. Por outro lado, minha mãe logo disse, fecha-se uma porta, abre-se outra, quem sabe algo melhor não me espera? Medo de não ser como eu espero, embora TODOS dizem que é maravilhoso... não tenho. O ridículo é se acomodar. Bom ou ruim, poderá ser aqui, em Portugal, ou num hotel em Fernando de Noronha de graça, basta não estar fazendo o que se quer muito, e de coração.
Sinceramente, não acredito que será ruim. Poderei não ir a tantos lugares quanto queria... mas quem disse que eu quero parar? Ainda mais se gostar... Conviver com outras culturas, ter experiências novas, aprender e praticar outro idioma no dia-a-dia, conhecer lugares, histórias, estórias... e mais, sentir falta de quem se ama e dar mais valor ainda. Isso também é a prender!
Uns podem dizer que de nada vale, que é um dinheiro mal empregado, que não vai me agregar nenhum valor profissional, que eu poderia investir em outras coisas, embora eu ache que na parte de emprego, um inglês bem aprimorado é um bom diferencial... Enfim, poderão muitos dizer coisas que não me farão desanimar, tão pouco desistir... poderão falar que a minha família não estava pode podendo bancar isso... não quero provar nada pra ninguém, embora as vezes eu me sinta imensamente superior por ter essa oportunidade. O dinheiro se recupera, a oportunidade não. O saber não ocupa lugar... e mais, podem te deixar nu, podem te deixar sem nenhum um tostão no bolso, podem te tirar tudo, mas o teu saber: jamais.
E é por isso ser uma pena que muitos ainda andem com viseiras, e achem que não é tão importante assim a educação. É uma pena que ainda existam pessoas que não possam realizar seus sonhos, por que alguém, muitas vezes eleitos com a confiança delas, desviou a verba que iria para parte da realização desses sonhos... é uma pena, é triste mas é verdade. Lamentável, como possam ainda não deixar as pessoas ao menos, chegarem com seus barquinhos, no Porto de seus sonhos... mesmo assim, mesmo que pareça difícil, mesmo que pareça que não há outro caminho, mesmo que pareça que tudo conspira contra você... uma coisa eu afirmo: não ancore o seu barquinho esperando que alguém tire ele dali. Você mesmo vai ter que ir atráz do jeito de sair... e navegar!

Elen Concari de Aguiar, 22 de Julho de 2009. 23:35h