quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Quem sabe?

Quando eu comecei a estudar na fuculdade tinha uma visão sobre inúmeras coisas... hoje, justo hoje, que apresentei minha banca do TCC, percebo que algumas coisas não são exatamente como se pensa ser...
Você descobre que existem coisas que mesmo que você possa mudar... não faz mais diferença se mudar... por que já foi...
Aprendi que ser realista ajuda bastante... mas que se você é muito otimista com uma coisa que não depende só de você... você pode se frustrar **de mais** depois...

Eu queria muito mesmo ter passado com um conceito 4 (nota 9 a 10)... e por isso eu digo: nunca desprezem os pequenos, pois foram por apenas 0,4 que não consegui isso...
Achei que seria por erros de "percepção de conteúdo", ou até mesmo formatação (que também é uma Sra. babaquice)... Mas não....

E irônicamente _pois amo de paixão escrever_ isso ocorreu praticamente tudo por culpa do nosso amigo português... não discordo, acho que uma pessoa que está se graudando deva SIM escrever e falar corretamente... contudo, foi morando em DUBLIN -na Irlanda... que "aprendi" a perder um vicio de linguagem que, SIM, os professores da UCS dizem D-I-R-E-T-O também... quer saber? "...pra MIM fazer" "...pra MIM ler" e assim vai... ora essa? 'MIM' não faz nada...

Não estou dizendo que isso não seja importante... mas... e o 1 ponto que ainda me faltaria para ter atingido meu almejado 10 (ou quase)? o q houve?

Vou lhes contar: o que houve é que EU PERGUNTEI SEMPRE durante um semestre inteiro, em todos os encontros, para o orientador "o que tem que melhorar?" "preciso mudar algo?" "tá bom assim?" "ó prof. me fala"...

Serio, devia ter largado de mão como dois colegas fizeram... e ambos passaram com 4... LOGO, me vem a cabeça: paguei + de R$4000 por uma orientação me me levou a 86% de aproveitamento? e ainda pra ver a pessoa na sua frente, fazendo sempre cara de "vai que tô com pressa" e quando não, só pra deixar a coisa mais NOJENTA, puxava um CORTADOR DE UNHAS, e detalhe: cortava as unhas durante o período que DEVERIA estar LENDO DE FATO o teu trabalho...

Culpa... claro que eu tenho sim, nunca achei que fosse atingir 100% até porque eu mesma (e com algumas helps informais) que formatei e corrigi o PROTUGUEIS... mas fica no AR o que eu poderia ter feito a mais pra poder ter chegado ao meu objetivo...

Por isso volto a dizer... tem coisas que não dá pra entender... recebi o seguinte "conselho", que eu deveria cuidar dessa parte (erros de português) pois era o meu "cartão de visitas"... OK. Concordo... mas... sei lá... embalagem enfeitada... sem conteúdo... será que serve?

Bom... depois de hoje... QUEM SABE?!


P.S. se você achou algum erro de português ou concordância nesse texto (sutil), primeiramente pode ter sido digitação, daí é culpa da mente cansada... mas se não for o caso, por favor, me perdoe, acabei o curso de Administração... o curso de letras eu ainda não comecei... heheheheheh

Mas o que importa é que: ACABOOOUUUOUUU- A-CA-BOU!

Ah! sim, em geral, eles curtiram o tema e a parte estratégica do trabalho... fiquei feliz por isso... e também que pelo menos soube que ALGUÉM leu DE VERDADE o meu trabalho... =D

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Grêmio Estudantil Assis Mariani 2004

Ter ajudado a criar, e ter sido membro do primeiro Grêmio Estudantil que a escola Assis Mariani, pra mim, e tenho certeza que para todos que ajudaram e participaram, foi uma honra!
Foram muitas dificuldade pelo caminho, brigas com a direção, falta de colaboração muitas vezes dos próprios alunos, divergências internas, entre tantas outras pedras... mas pedras que ajudaram a erguer pequenas realizações, que hoje tenho como exemplo para que eu mesma... não pare!
***
Aconteceu um episódio, ontem a tarde, muito chato com uma pessoa que quero muito bem, e tem sido por pelo menos 15 anos o guarda da escola citada... e ontem, uma criatura, pois não chamo de pessoa um tipo desses, agrediu o seu Luzardo, por uma IMBECILIDADE, mas não vou relatar isso, pois ele está bem e é isso que importa, além disso, o carinho e gratidão dos alunos é imensamente maior, e hoje quando fui visitá-lo, senti um nó na garganta ao ver uma pessoa tão querida apenas dizendo "tenho pena dele..." e nó maior, mas de felicidade, foi ver na estante dele, todas placas de homenagem que recebeu ao longo de sua trajetória como guarda e funcionário da escola...
...e lá estava a primeira delas: "uma homenagem do Grêmio Estudantil de 2004", gestão a qual fiz parte. Naquela ocasião, o CPM (Conselho de Pais e Mestres) não estava podendo manter o guarda, já que o governo não propicia isso, alunos e suas famílias tinha que arcar com isso, (creio que continue assim), então o grêmio da escola, resolveu homenagear este homem que sempre prestou ótimos serviços e sempre zelou pelo certo...
Por isso, e também por toda a lembrança que veio a minha mente... estou postando isso, e logo na sequencia as duas edições do jornalzinho que o grêmio criou... simples, jovem, cheio de errinhos... mas cheio de "amor pelo que se faz"... pois isso, é pré-requisito pra qualquer coisa que você deseje em sua vida...

Primeira Edição...
Segunda Edição....

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Janelas da Liberdade


É pela marca que se sabe o dono,
É pelo berro que se acha a cria
Mas quem tem marca e ainda berra
Vive a esmo pelas sesmarias.
Se até o gado busca ser livre
Em noites altas pelo vão do arame,
Porque alguns homens com sabedoria
Usam buçal acatando infames.

Calar a voz e curvar o lombo,
É viver em vão e não ter consciência
Andar na verga é para boi manso
Que por ser bicho cumpre a penitência.
Mas se nascemos para sermos livres
Porque então aceitar o ajoujo,
Maneias e cordas são para animais
Que não trazem anseios dentro do seu bojo.

Mudaram-se os tempos
Não mudaram aqueles
Que insistem na castra da liberdade
Com ausências arcaicas carregam museus.
Que insistem ainda viver de saudades
Janelas se abrem ao abrirem-se os olhos
Mas para vermos precisam visão,
Querer ser livre, soltar as amarras
Largar o grito com o coração.

(Pedro Ortaça)

**** Letra muito interessante que fala muito sobre nossos dias...

sábado, 17 de setembro de 2011

A música original é do Bob Dylan, mas essa é uma versão muito bonita que meu pai tem em LP e me mostrou quando era muito pequena... acho linda...

Blowing in the wind

Diana Pequeno

Quantos caminhos
Um homem deve andar
Pra que seja aceito como um homem

Quantos mares
Uma gaivota irá cruzar
Pra poder descansar na areia

Quanto tempo
As balas de canhões explodirão
Antes de serem proibidas

The answer my friend
is blowing in the wind
The answer is blowing in the wind

Quantas vezes
Deve um homem olhar pra cima
Para poder ver o céu

Quantos ouvidos
Um homem deve ter
Para ouvir os lamentos do povo

Quantas mortes
Ainda serão necessárias
Para que se saiba que já se matou demais

The answer my friend
Is blowing in the wind
The answer is blowing the wind

Quanto tempo
Pode uma montanha existir
Antes que o mar a desfaça

Quantos anos
Pode um povo viver
Sem conhecer a liberdade

Quanto tempo
Um homem deve virar a cabeça
Fingindo não ver o que está vendo

The answer my friend
Is blowing in the wind
The answer is blowing in the wind

Blowin In The Wind
Diana Pequeno

Quantos caminhos
Um homem deve andar
Pra que seja aceito como um homem

Quantos mares
Uma gaivota irá cruzar
Pra poder descansar na areia

Quanto tempo
As balas de canhões explodirão
Antes de serem proibidas

The answer my friend
is blowing in the wind
The answer is blowing in the wind

Quantas vezes
Deve um homem olhar pra cima
Para poder ver o céu

Quantos ouvidos
Um homem deve ter
Para ouvir os lamentos do povo

Quantas mortes
Ainda serão necessárias
Para que se saiba que já se matou demais

The answer my friend
Is blowing in the wind
The answer is blowing the wind

Quanto tempo
Pode uma montanha existir
Antes que o mar a desfaça

Quantos anos
Pode um povo viver
Sem conhecer a liberdade

Quanto tempo
Um homem deve virar a cabeça
Fingindo não ver o que está vendo

The answer my friend
Is blowing in the wind
The answer is blowing in the wind

***********

Podes ver o vídeo... te faz pensar!

http://www.youtube.com/watch?v=awATmnNmkIE

Canções da vida...

Selecionei aqui, alguns trechos de algumas músicas que acho que descrevem algumas coisas que penso...


"Eu não posso entender
Tanta gente aceitando a mentira
De que os sonhos desfazem aquilo
Que o padre falou
Porque quando eu jurei meu amor
Eu traí a mim mesmo, hoje eu sei
Que ninguém nesse mundo
É feliz tendo amado uma vez..." Raul

"Vão falar que você não é nada
Vão falar que você não tem casa
Vão falar que você não merece
Que anda bebendo, está perdido
E não importa o que você dissesse
Você seria desmentido
Vou falar que você usa drogas
E diz coisas sem sentido
Se eu for ligar
Para o que é que vão falar
Não faço nada..." Capital

"Toda forma de poder é uma forma de morrer por nada.
Toda forma de conduta se trasforma numa luta armada.
A história se repete mas a força deixa a história
mal contada..." Engenheiros

"Quem me dera ao menos uma vez
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
Fala demais por não ter nada a dizer.

Quem me dera ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos e vimos um mundo doente." Legião

"Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor
É uma coisa boa
Mas também sei
Que qualquer canto
É menor do que a vida
De qualquer pessoa..." Belchior

"Talvez isto até mudasse
Se o povo gritasse um basta
E alguns que rondam por perto
Deixassem cair a casca
E que se acham espertos
E pensem se isso é certo
Por tudo que um povo passa..." Evilázio Aguiar (pai)


terça-feira, 13 de setembro de 2011

Epitáfio - Titãs

Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...

Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração...

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...

Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...(2x)

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr...


----- Significado: 'Epitáfio' vem do grego antigo, e significa, literalmente, 'sobre o túmulo'. É um texto inscrito em lápides e placas que buscam homenagear o defunto. Normalmente é redigido em versos, mas há exceções.


Em síntese... não adianta a gente lamentar a vida... e gente tem que viver, pra não ter ver esse textinho escrito no Futuro do Pretérito do Indicativo... e é isso!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O Carteiro e o Poeta...

Faz um sr tempo que não posto nada só pra variar, isso indica duas coisas - ou tô sem tempo, ou não tenho feito nada de tãaaaao interessante...
Na verdade é um pouco dos dois, mas mais foi relaxamento, pois nesse meio tempo aconteceram várias coisas legais que eu prometo que assim que terminar o TCC2 eu escrevo...

Mas hoje estou aqui para falar de um filme... que vi em uma viagem que fiz com minha família em 2008 - Circuito Andino - Córdoba, Mendoza, (Argentina), Santiago, Viña del Mar, Valparaíso, (Chile), Baliche e Buenos Aires (Argentina)... Mas isso tb posso contar outro dia.... lembro que vi esse filme e vou copiar o resumo....


Resumo do Filme O Carteiro e o Poeta -

Autor: Raimundo da Silva Santos Júnior - Em: 08.12.2008

O filme é uma longa metragem e apresenta a realidade de uma pacata cidade que tinha como principal problema a falta de água doce, uma cidade ideal para refúgio dos exilados de qualquer revolução. Numa cidade com essa característica o desemprego era algo comum. Mário Ruopollo era um cidadão de poucas letras e conseguiu um emprego de carteiro para um único destinatário, o escritor famoso Pablo Neruda, exilado. Mário teria que sobreviver com a gorjeta que receberia do escritor, pois o salário era muito baixo segundo as palavras do empregador.

Mário interessou-se tanto pela fama que atraia a atenção de tantas mulheres que se tornou amigo de Neruda, tendo aprendido com este a conquistar seu grande amor, uma bela jovem da cidade. Além disso, o aprendiz tornou-se um notório crítico ao sistema opressor, tendo sido morto na revolução por defender os direitos dos menos favorecidos.

Vemos no filme a importância da afetividade para a aprendizagem. O Jovem Mário não teria adquirido o espírito pesquisador e não teria se tornado uma pessoa diferente, corajosa, livre da alienação se não tivesse sido valorizado pelo grande poeta. Este que passou uma imagem fácil do que é a verdadeira poesia, tendo estimulado no espírito do jovem o desejo de aprender tal arte.

O desenvolvimento da habilidade do jovem senhor se deu com grande rapidez, resultado de longas leituras. A leitura abre caminho para novas descobertas, ela liberta o indivíduo de sua individualidade, de seu pequeno mundo e lhe permite ver o global e agir sobre ele.

Sem dúvida o Filme é uma grande fonte de reflexão para o Supervisor Educacional, a quem é imprescindível a leitura, a investigação, a quem é imprescindível acreditar em seu potencial e a quem é imprescindível criar estratégias inteligentes para desenvolver o potencial de professores, alunos e demais funcionários.

Com o filme, reforçamos a convicção de que as pessoas aprendem com muita facilidade aquilo que interessa a elas. É importante que tornemos as aulas interessantes a nossos alunos, assim como é importante que tornemos interessante nossa prática supervisora, para que nossos professores tenham prazer em avançar em busca da melhor qualidade da educação.

Fonte: http://pt.shvoong.com/social-sciences/1854805-resumo-filme-carteiro-poeta/#ixzz1XnMiohTN

Link do video Youtube - http://www.youtube.com/watch?v=68XXzPUv7sI

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Internacionalmente conhecidos...

Intercambio é e sempre será muuuito mais que simplesmente sair do seus país... isso inclui abrir sua mente ao mundo novo cheio de coisas improváveis porém inesquecíveis, e quando muito inclui abrir as portas da sua casa e receber amigos.... acreditem, é uma satisfação imensa...

Pena q eu não sei traduzir alemão mas aconteceu o seguinte....

Como podem ver nos posts anteriores houve uma troca espostiva, onde o Markus nos presenteou com o caxecol dele e minha família (cito primo, cunhados, namoradas tb...) presenteamos ele com alguns presentes do SER CAXIAS...

Eis que agora, tem um album especial no FACEBOOK do BVB onde está lá a nossa foto com o Markus...

Tá escrito isso, se alguém souber traduzir certinho, pois o google não fez um bom trabalho... hehehe



"Markus Edin schrieb: Gerade habe ich euere Aktion entdeckt und schicke euch ein fuer mich ganz besonderes Bild. Ich habe in Irland eine Brasilianerin kennengelernt und bin dieses Jahr bei Ihrer Familie zu besuch gewesen. Die Fussball-Verrueckten Brasilianer haben mich dan mit Fanartikeln ihres Heimatvereins S.E.R. Caxias eingedeckt und ich habe im Gegenzug meinen Meister Schal 2002 dort gelassen. Seit dem werden die BVB spiele auch in Caxias aufmerksam verfolgt ;)"

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Vamos cada um cuidar da própria vida?

Bah não postei nada mês de maio...

Na verdade tem muitas ocorrendo juntas e o tempo dedicado tem sido ao tão temido TCC...

A gente deixa um pouco ter uma vida social TRIII legal em pról de ter um trabalho um pouco mais TRIII...

Ontem mesmo estava na UCS e comecei a pensar o que levava cada uma daquelas pessoas a estarem cursando os cursos que estão cursando... e somando hoje com o comentário de um amigo no Facebook "Caxias cidade de pose" algo assim, conclui, que muuuuitas pessoas estão em prol somente de "aaaaa eu sou graduad@" obvio que eu também vou dizer que sou - quando for - mas fico me detendo em pensar como fica a qualidade da aula, e qualidade dos profissionais que vão sair depois, e etc etc...


Não sou um exemplo e hipocresia não é algo que sigo - mas poxa... as pessoas podiam seguir mais a campanha de -vou fazer o gosto e cuidar da minha vida!!!


Falar dos outros, todos falam, EU TÔ FALANDO AGORA! imitar, resmungar, mentir, omitir, se achar, BLÁ BLÁ, BLÁ - todo mundo tem ou faz um pouco disso na vida - mas vamos e viemos - tem gente que vive pra isso... e pior - acha que o fato de você ser tranquilo e viver cada dia UNICAMENTE da forma mais ÉTICA e FELIZ o possível - TÁ ERRADO...

OK... ok... eu vou cuidar da minha vida agora... e espero que ninguém ninguém se ofenda... na verdade - EU nem tô...

Sei lá que que eu quis dizer contudo isso, mas acho que quem leu - entendeu...

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O Cavaleiro Feérico

Sim é um Ctrl C + Ctrl V do Jornal Pioneiro, mas tá valendo... Desejo ao amigo Luiz sucesso com este livro e que com isso possam ser abertas muitas portas para ele, pois é merecedor! Infelizmente devido a comprimissos da UCS (aula) não pude estar presente do lançamento, ficaram os votos positivos! "Fã das histórias de fantasia, aventura e horror desde criança, o professor de história e escritor Luiz Hasse lança hoje, às 19h30min, no Zarabatana Café (Centro de Cultura Ordovás), em Caxias, o romance de fantasia O Cavaleiro Feérico. — A fantasia sempre foi uma das minhas paixões, mesmo antes de virar moda no cinema e na literatura. Neste livro, reúno vários gêneros: romance de cavalaria, contos de fadas, amor, narrativa heroica (o bem contra o mal, jornada de crescimento pessoal), etc — conta o autor. Hasse ressalta, no entanto, que as “fadas” a que se refere não são aquelas popularizadas a partir dos filmes para crianças, mas sim como esses seres eram vistos pelos povos antigos: como misterioros e até perigosos, numa eterna desconfiança entre mortais/humanos e o universo feérico. O protagonista da trama é Garth, que, quando criança, é encontrado abandonado em um vilarejo. Já adulto e sagrado cavaleiro, descobre o amor — e também um mistério que envolve sua origem. Embora esse seja o seu primeiro livro individual, o autor já tem contos premiados e publicados em antologias. Com aproximadamente 400 páginas, O Cavaleiro Feérico tem edição da Multifoco e preço de R$ 48. "

quarta-feira, 2 de março de 2011

Sunday... almost a bloody sunday...

Bem, estavamos literalmente podres, então dormimos até o meio dia basicamente...
E como não podia sair do tradicional: fizemos um churrasco.
Descansamos um pouco, comemos uma sobremesa e fomos em direção ao centro, paramos na UCS para ele poder tirar uma grana, e nada de surpresa pra nós, alguns caixas não aceitavam ou não funcionaram, passeamos um pouquito e fomos ali na sinumbu, pegamos o $$$ quase vimos uma briga entre gramistas (becs) e Grenás (\o/), mas nada de mais...
Fomos em direção ao Centenário, antes passeamos um pouco no parque Cinquentenário, vimos um pouquinho do jogo de bocha, briancamos nos equipamente de ginastica da 3ª idade e depois fomos indo...

Fontes nossas, conseguiram para nosso amigo uma camiseta do Caxias, não a mais nova, mas a do penúltimo patrocinador... enfim, bem linda, mas não serviu. Mexe, remexe, conseguimos a troca e vestimos o moço adequadamente.
O jogo começa, mas já vou pra final, foi dramático que quase tivemos o nosso domingo sangrento, no caso, a gente ia esfaquiar os dirigentes e sei lá mais quem se o Caxias não conseguisse... enfim, eu acho que ele nunca viu mulheres tçao desbocadas que nem por aqui...
O importante é que o gajo trouxe sorte.
No final, presenteamos ele com um chapeuzinho cata ovo do time (foto)...
Janta vai, Fantastico vem, estava se terminando o findi, mas as coisas terminaram interessantes.
Recebi um presente do Markus, o qual adorei, e o pai, bem, este ganhou um presente muito especial:um caxecol do time dele na Alemanha, e como não podia faltar, seu Evilázio já fez brincadeira e subiu numa cadeira!
Pra quem não sabe o time é o BORUSSIA DORTMUND.
Se quiser ouvir como fala clica aki e depois clica no ouvir...
Bem, é basicamente isso, me despedi do amigo, e fui dormir,,, Jeferson que levou ele até a rodoviária... e acabaou um findi muuuuito diferente com certeza!

terça-feira, 1 de março de 2011

Saturday Night Crazy

Voltamos para casa, vimos umas fotos, videos, tracamos uma idéia, apresentamos o chimarrão...
...jantamos e fomos para o Paiol. Não, não demos a canha de pimenta, pois o Jeferson já tinha anestesiado a lingue do rapaz com três gotas e um quarto daquela que ele fez. O rapaz só tomou suco de açaí, e depois a pedido do Felipe, que era o aniversariante, todos que podiam, tomaram um shot de pinga, sugerimos ao nosso amigo a de butiá, já que por lá não se acha.
Tudo indo bem, até a idéia... vamos pro Vagão Classic... táááá´, vamos. Chegando lá, 15 e 12... nãnãnã... usamos o poder da barganha (ou 90 conto ou nada), conseguimos 10 e 12... ok entramos, infelizmente pegamos só o finalzinho do show... mas foi tri.
Ficamos agitando com o som ambiente, o Zambi fez uma caricatura do Markus, (muitas coisas estranhas aconteceram, mas não vou comentar pois quem estava lá sabe do que estou falando)
Enfim, findamos a noite com muitos risos e rock and roll!

Saturday, Parque das Cascatas...

Acordamos ali por 11h porque ninguém é de ferro.
Almoçamos, (acho que ele curtiu panquecas), vimos umas fotos e logo saímos.
Fomos no Parque das Cascatas, R$15 cada, mas creio que foi bem agradável.
Fizemos a trilha, onde tivemos a chance de mostrar um pouco de nossa natureza, (incluindo o som alto dos carros de alguns babacas), tentamos explicar o que era a barba de pau, o macho e a fêmea da araucária, o pinhão, os eucaliptos como ladrões de água, etc...
Não ficamos muito tempo, porque parecia que iria chover, e realmente choveu.
Passamos rapidamente pela UCS, paramos na casa do Jeferson, onde foram apresentadas as especiarias cachaçanárias... POBRE RAPAZ!

Na Terra dos Italianos,,,

...tembém tem gente que fala alemão!

Depois de pegarmos ele lá, fomos pra casa do Fifa onde a intenção e eles tirarem um son com a Mighty, mas infelizmente o vocalista não pode vir...
Fomos na padoca pegar umas coisinhas (já com o dono do local nos olhando com estranheza), voltamos, demos pra ele experimentar umas cachacinhas, e depois fomos para o Fassbier... aí começou a diversão, simplesmente quando o dono do estabelecimento trocou umas ideias com nosso amigo Alemão em alemão. Pude me sentir como ele estava se sentindo: viajando no idioma!

Conversa vai conversa vem, cerveja vai, cerveja vem, e vem, e vem... ficamos lá até umas 21h e viemos pra casa. Dali fomos comer um xis- sim tinhamos que levar ele comer um xis de Caxias, posso adianter que foi engraçado... pois a gente tem aqueles esteriótipos de Alemão grande e forte e que come um monte, e digo, Alemão grande, deve ser forte, mas não come um montão não! Comeu o xis mas se sentiu cheeeeio! Mas disse que gostou!

Voltamos pra casa e logo saimos de novo rumo ao Vagão Bar, onde tinha show de Heavy...
Olha, se um olhar fala mais que mil palavra e eu não estva cega, ele deve ter curtido muito! Agitou bastante e até ganhou uma música!
Fomos embora só quando o show terminou, afinal o dia seguinte ainda tinha muito o que se fazer, se o tempo colaborasse...

Infelizmente não tenho fotos do evento...

I said - Welcome!

Não é todo dia que Caxias tem turistas de outras partes da serra... tão pouco de outros estados... o que dirá lá da Europa... é pois é... intercâmbio vai muito além de você ir, inclui você receber também...
Sexta, dia 25, fui buscar um amigo na rodoviária, Markus da Alemanhã. Sim, isso mesmo.
Deixem-me contar uma pequena hitória antes para tudo fazer mais sentido...
"Uma noite de sábado na Irlanda pode render muitas histórias, e não foi diferente pra mim.
Chegamos Gabi e eu num pub que curtiamos muito ir - Bruxells - mais especificamente no Flanders... bem, chagamos estava meio cheio, e olha pra cá olha pra lá, e vimos dois caras numa mesa, com lugares sobrando... então pensamos: porque não tentar pedir... deu certo, nos sentamos ali e ficaram os dois a conversar e nos duas, logo chegaria mais alguns amigos....
Pra encurtar caso, em algum certo momento resolvemos puxar papo e saber de onde eram os gajos... bem um deles era da Bielo Russia e outro, da Alemanha... no fim acabei conversando beeem mais com o Markus, que com os outros, ainda mais quando ele falou que estava se programando para fazer um trip pela América do Sul (incluindo Brasil), foi onde me pediu umas dicas e coisa e tal e desde então começamos nos falar... Eis que ele veio! E veio até pra Caxias!!!!
Bem... o que posso adiantar é que de cara ele já não encontrou no Brasil muita gente falando inglês (nem onde se devia falar) e já pegou uma puta chuva na saída da rodoviária de Caxias... daí eu disse... "Welcome to Brazil" ...tão grande, tão belo, crescendo, mas ainda tão f**id*!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Going to Santa Catarina!

LOCAL: Praia do Estaleiro, Bal. Camboriú, SC, Brasil.
SAÍDA: Caxias do Sul - RS - Brasil, por volta das 7:30h

Buenas, hora de tirar o gesso e pegar uma praia maravilhosa...
Fomos por esse caminho: Ver google maps

Paramos para comer em Rancho Queimado, num Rasteuranta chamado Merios Country - recomendo, comida ótima! Segunda não abre, de terça a sexta é R$12 livre, nos findis R$18, tem taxa do disperdício - R$5. Tem coca de dois litros.

Seguimos, e chamos a Estaleiro. Ainda deu pra pegar uma praia!
*****

A sequencia dos dias, não variou muito, até porque o obejtivo era descançar.
Saímos uma tardeezinha pra jantar em Balneário, outro dia eu e o Jeferson saímos comer alo com camarão, e domingo fomos no teleférico, o qual terá post em breve...
A virada foi na praia, com 6min de fogos, muito bonitos e pagos pelo ricassos (quais estavam numa festa que o ingresso era coisa de R$900 por cabeça...)

Enfim,,, foram dias ótimos!

Agradescimento especial a tia Dedé, Mari, Ling e Lucia - eles sabem porque!

Traditional Gaelic Blessing

May the road rise to meet you,

May the wind be always at your back.

May the sun shine warm upon your face,

The rains fall soft upon your fields.

And until we meet again,

May God hold you in the palm of his hand.

May God be with you and bless you:

May you see your children's children.

May you be poor in misfortune,

Rich in blessings.

May you know nothing but happiness

From this day forward.

May the road rise up to meet you

May the wind be always at your back

May the warm rays of sun fall upon your home

And may the hand of a friend always be near.

May green be the grass you walk on,

May blue be the skies above you,

May pure be the joys that surround you,

May true be the hearts that love you.

O PORTO (Uma pequena grande história de porque tudo isso...)

A tomada de uma decisão que faz-se equivalente a um divisor de águas em nossas vidas, pode trazer-nos muitas expectativas as quais nem sempre se realizam... No meu caso, decidi ter a experiência de ir para Irlanda, Dublin, num pais que fala-se outro idioma (o inglês), o qual, por sinal sei muito pouco. Bem, acho melhor começar desde de o começo...
Em meados de 2008, acho que foi final de Abril, um amigo de Jéferson, meu namorado, foi até a casa dele e o convidou para ir com a banda deles a Portugal. A idéia era ficar 6 meses, estudando e fazendo alguns shows pela Europa. Meu namorado já havia pensado nisso na sua adolescência, mas ainda não tinha parado e verificado a real chance.
Já eu, tinha o sonho, de até meus 22 anos, passar um tempo fora do Brasil. De início queria Cuba, depois Espanha, depois México, mas realmente não tinha pensado em Portugal. Pois bem, ele ficou pensativo. Como seria? Os dois longe? Eu me importaria? Foi aí que eu disse “e eu não posso ir junto?” e aí ambos tivemos a surpresa feliz, além de irmos “namorando”, tínhamos ganhado um parceiro de viagem...
Fomos então ver como funcionava irmos pela UCS... para qualquer país que não fale-se português, teríamos que fazer uma prova de proficiência e atingir um resultado muito bom... nem tentamos, seria perda de tempo... Então vamos lá! Portugal... E aí a primeira chateação: para o 2º semestre de 2008, não havia mais tempo. Desistir? Não! Eles apenas teriam que arrumar outro baixista para ir com a banda... Acho que no fim, só foi mesmo o cara que convidou...
Depois disso, surgiu outro plano, ir com banda dele, mas não no 1º semestre de 2009, no 2º, para banda se preparar... Eles teriam 1 ano e 4 meses para isto... E para onde iríamos? Bragança, uma cidade no Norte de Portugal, pequena mas muito bonita. Tentaríamos os quatro, eu, ele e os dois amigos da banda.
E foi assim até Março de 2008, “preparando”, pesquisando. Bragança seria mais fácil, pois fomos informados que não havia procura para lá, então não haveriam concorrentes. Não era uma cidade tão famosa, portanto, não tinha um custo de vida muito alto, o que para nós seria ótimo, já que na Europa tudo é mais caro...
O tempo passou, até que bem rápido, e chegou o “dia” de irmos ver para nos inscrevermos... nesse meio tempo, já desconfiávamos que os dois amigos do Jéferson, não iriam, mas nós dois não iríamos desistir. Pois aí que tivemos a segunda chateação: não havia mais convênio com o Instituto Politécnico de Bragança, assim, só nos restava: o Porto.
Porto é uma das cidades mais turísticas de Portugal, cidade litorânea, onde também são fabricados os famosos vinhos do Porto. Assim, já ficaria ao menos uns 30% mais caro para se viver. Mas ok. Vamos lá... não seria um custo de vida um pouco mais elevado que iria nos impedir!
Mas aí vem a terceira chateação. Não haviam nem 3 dias que tinha ido lá e ficado sabendo de Bragança, e eis que ouço um zum zum zum “a UCS quer cobrar 12 créditos do curso para os estudantes fazerem intercâmbio”. Nossa! Doze créditos, aumentava para mim uns R$ 2.500,00 e para Jéferson uns R$ 4.000,00. Daí sim, estávamos de certa forma condenados a não irmos, ao menos não agora! Foi a primeira vez que chorei por causa disso.
Revolta vai, revolta vem, manda e-mail, manda ofício. Até que uma boa notícia: não vão cobrar ainda isso. Pensamos “ufa” e começamos a ver todos os documentos necessários. Na correria de tudo, uma quarta chateação, era um pré-requisito ter 50% do curso concluído, eu tinha eles exatos, mas meu namorado, em torno de 43%... será que daria? E conversa vai e vem, ele pôde se inscrever, mas ficou com um pé atrás.
Em 9 de Junho, numa terça de tarde, fomos num evento de pré-embarque da UCS e ficamos sabendo que da faculdade dele, a Fernando Pessoa, tinham duas vagas, e dois inscritos, ele e uma menina também da Engenharia Ambiental. Da U. do Porto, tinham 10 vagas, e 5 inscritos, eu e mais 4 meninas, cada uma de nós de cursos e áreas diferentes. Depois de saber que tinha sido “selecionada” pela UCS, foi uma das minhas primeiras alegrias. Porém, achei estranho, 2 meninas da U.P. já tinha recebido carta de aceite. Mas eu e mais duas, nada... ainda assim, a esperança é última que morre, mesmo embora eu soubesse que uns 80% das pessoas inscritas, dos mais ou menos 60, já haviam recebido resposta, ou ao menos um e-mail, eu não desanimei.
Foram se passando os dias, até que em 18/6 fui ver se eles sabiam de algo, e fiquei sabendo que a carta dele já estava a caminho: ele tinha sido aprovado, fiquei feliz, mas também fiquei sabendo em seguida que a minha e mais uma menina da U.P. estava sob análise ainda. Fiz a matrícula. Demorou mais umas 3 semanas e a carta dele chegou por e-mail.
Neste meio tempo, me comuniquei com a outra menina que esperava resposta como eu. Pude compartilhar o sentimento de angustia com alguém, isso fez muito bem... Mas uma coisa era real, algo estava me deixando pensativa. Eu pensava que iria dar certo, mas tinha um palpite que não. Sexta, dia 10/7, procurei no site da U.P. informações... o que tenho a dizer... fiquei muito deprimida, vi que para o curso de economia, o qual eu estava inscrita, (já que o curso de Administração de Empresas é um curso de pós, então se faz Economia e Gestão) só tinham 8 vagas para América Latina, e o pior, com preferência para inscritos em outro tipo de programa, ou estudantes da área, que na realidade, a minha não é exatamente economia...
Para valer, foi a segunda vez que chorei. O Porto, estava ficando cada vez mais longe. Contudo, eu ainda tinha esperança que estivesse “lendo” as informações de forma equivocada. Mas já estava me preparando, mas eu tinha que parar de ser egoísta...
Segunda, dia 13/7, acordei pensando o que seria um dia bom, já que na noite passada, havia implorado uma ajudinha dos céus, para que eu tivesse essa semana, uma resposta. Seja ela qual fosse! Realmente, foi uma segunda bastante agradável, pude adiantar alguns papéis para o visto e recebi a última nota que faltava da UCS, um 4 em RH2. Terça, comecei o dia com mesmo pensamento, estava além de tudo feliz porque ia folgar sexta, quinta de tarde ia pra minha vó, campo, ar fresco, tranqüilidade, mas no meio da tarde, começou um angustia fora do normal, um “não sei o que” tão monstruoso que fez eu roer minhas unhas (de novo) de uma forma que fazia tempo que não fazia.
Na terça ainda, mandei um e-mail pro pessoal do Intercambio da UCS, perguntando, se “será que não está demorando porque pedi muitas matérias, e eles não podem aceitar... diga que não farei todas, é só pra ter mais opções...”. De noite nossos vizinhos jantaram aqui, foi muito agradável, conversei sobre a viagem, mas não deixava de colocar um “se” na frente de cada frase que se referia a minha viagem, na verdade o tempo inteiro foi assim. Na quarta de manhã, acordo com o telefone, dei um salto da cama. Era o Jeferson, tinha ido a POA, se informar sobre o visto, e iria ao aeroporto autenticar a carteira de vacinação, etc. Ele me ligou e falou que só estavam marcando o visto pra depois de 13/8, com mais aproximadamente 40 dias mais, só iríamos viajar final de Setembro, fiquei apreensiva já que nem sinal da minha carta.
Resolvi ligar para o consulado, agendar uma data, como se tivesse tudo certo, caso não desse, eu desmarcava. Acabei ligando e caiu num outro local, tentei novamente, e deu ocupado, achei que o número podia estar errado, então liguei para informações de Caxias, mas eles não tem dados de POA. Aí que eu fiz a ligação mais horrível da minha vida até hoje. Liguei para o escritório de intercâmbios, para confirmar o número do consulado. Quando comecei a explicar a idéia, a moça do outro lado da linha começou mais ou menos assim: “Elen, a gente recebeu teu e-mail, e na verdade a gente já tem uma resposta (essas alturas eu já sabia)... é infelizmente foi negativa...” o meu coração nunca bateu tão rápido e descompassado. Vi o quanto o ser humano não está preparado para receber um não, ainda mais quando é um não para um sonho, uma expectativa. Apenas consegui pedir porque, ela respondeu, era sobre as 8 vagas, muita gente recebeu não, eu fui uma dessas pessoas. Eu disse que já sabia. Disse com a maior das falsidades que pude encontrar: “é né, fazer o que... não deu não deu”. Desliguei.
Agora vem a realidade. Gritei. Gritei um “que meeeeerda” tão alto, que não sei como os vizinhos não vieram ver. Coisas voaram nas portas do guarda-roupa, tive vontade de rasgar todos os papéis que falavam do intercâmbio. Chorava. Chorava como se tivesse perdido um ente querido. Chorava de raiva. Senti muita raiva, porque deixar a gente esperando tanto tempo para dizer não. Fui tomar banho. Chorei mais, quebrei o cabo da minha escova de cabelo quando atirei ela no chão. Agradeci, afinal, eu tive uma reposta na semana que queria, e o melhor, estava em casa. E o tempo todo, a minha cachorrinha Luna, ficou ao meu lado, não podia dizer nada, mas colocava as suas patinhas da frente na minha perna e deitava sua cabaça na minha coxa... chorava de ver ela ali comigo...
Voltando a minha breve conversa por telefone, com a moça da UCS, no final da conversa, ela mencionou que se desejasse eu podia passar até 3 meses em Portugal como turista, sem visto, ou então, tentar outro intercambio, por outro meio. Enquanto tomava banho pensava... fui trabalhar. Peguei o ônibus, e fui em pé. Não sorri o tempo todo. Cheguei no serviço, pude dissimular bem, acessei meu e-mail, e li a tal resposta. Tinha de olhar para cima para não chorar de novo. O dia não rendeu nada, porém não perdi tempo, mandei e-mails pras 3 operadoras de intercambio que conhecia. Uma, acho que não entendeu muito bem o que eu escrevi, disse que não tinha nada para Portugal, mas eu já não queria mais ir pra lá, outra até agora não me respondeu nada, e uma delas, respondeu meu e-mail. Tinha três propostas a princípio, já para ir em Setembro, Espanha, sem “visto”, mas sem possibilidade de trabalho; Inglaterra, “sem” visto como estudante, sem trabalho, se quisesse o de trabalho, teria que ir até o Rio de Janeiro, e era bem mais difícil ou, a mais em alta, Dublin, na Irlanda, visto de seis meses com possibilidade de trabalho.
Em pouco tempo, já estava tudo “analisado” e “decidido”: eu iria para Dublin. Mas é claro, conversando com os mais próximos, conselhos sempre são repassados para se pensar bem, analisar com calma, ver se valia a pena perder um semestre de aula só pra dizer que eu fui e ponto. A minha cabeça doía como fazia tempo que não doía. Fui para a última aula de inglês. Era dia de prova, não sei como fiz toda ela, e ainda acho que fui bem, em talvez 20 minutos. Meu pai foi me buscar. Eu quase chorei, mas não chorei pra não deixar ele nervoso.
Vim pra casa, algumas palavras, e silêncio, palavras e silencio. Pegamos meu namorado na casa dele. E novamente, palavras e silêncio. Cheguei em casa, dei um abraço na minha mãe, e chorei. Ela chorou também. Todos estavam tristes. Daí eu disse à ela que eu não ia desistir, e ela disse que sabia disso. Conversei rapidamente com meu pai, minha mãe e meu namorado sobre as minhas idéias. Meu pai, disse que o que eu decidisse ele daria um jeito e assinava em baixo. Já minha mãe e meu namorado, disseram para eu pensar antes de tomar qualquer decisão. Eu, ainda chorei mais uma vez, junto com meu namorado.
Quinta acordei com uma estranha felicidade. Fui trabalhar, fiz o que tinha que fazer. Mandei mais uns e-mails. O dia rendeu. Deu 13h e comecei me arrumar para sair, íamos pegar a estrada. Conversamos muitos sobre as propostas. Fiquei de usar o final de semana para decidir. Chegando na minha vó, contei mais ou menos o que tinha acontecido. Minha madrinha lamentou muito. Na mesma noite fiz um balanço das idéias que tinha em mente: não ir, terminar o estágio, ficar mais um ano, e ir em seguida... mas pra onde seria? Portugal de novo? Não obrigado. Afinal, eu não teria proficiência suficiente em outro idioma, então me restava ali, ou África, que não me atrai tanto, não por nada, só não é bem o que queria. Poderia usar a idéia do Jeferson, para não perder o semestre inteiro, ir e fazer um curso menor de 3 meses, daria tempo de juntar mais dinheiro, e se eu gostasse, ficaria, mas isso, eu não sabia muito bem se dava, e com 3 meses só, não daria para ao menos tentar trabalhar. E ainda, ir agora em setembro, ficar lá 6 meses e tentar arrumar alguma coisa pra empatar os gastos, perderia o semestre, mas aprenderia outro idioma em bem menos tempo que fosse aqui no Brasil, e claro estaria um pouco mais perto do namorado.
A decisão era quase certa, ia ver quanto ao curso de 3 meses, se não valer a pena, pelo custo benefício, farei o de 6 meses, ambos saiam caro, mas tinha que fazer valer. Então, recebi o orçamento, de 4 meses... e vi que não valia a pena, o valor era muito pouco inferior, e a passagem diferença de aproximadamente R$ 200,00, então, não valia a pena.
Segunda, dia 20/7, o dia do Amigo, eu fui conversar e ver mais detalhes... encontrei, por acaso, o um homem que foi colega (indireto) de trabalho, o qual eu tinha ficado sabendo que o filho tinha a pouco voltado de Dublin. Seria um sinal? Já fui conversando com ele, e pedi se podia tirar duvidas e se o rapaz poderia me dar umas dicas (eu ainda não tinha decido), o colega foi muito atencioso, passou o telefone do filho e disse que avisaria que eu ligaria. Encontrei uma amiga, e já lhe adiantei os fatos. Fui até a operadora, conversei, tirei duvidas, e fiquei de decidir.
Vim para casa... conversei... e decidi, o que já estava decidido. Eu iria. Seis meses, num país que sei pouco (vou estudar é claro), falo somente frases prontas em sua língua, só com um conhecido (uma colega da UCS, que foi de novo agora em Junho, porque amou de paixão o país). Com a grana meio contada, numa ilha, a mais de 12h de vôo de casa, no hemisfério oposto, e muito mais coisas, que assuntam a muitos, mas a mim, me atrai!
Hoje quarta dia 22/7/2009, eu fui preencher alguns papéis, amanhã já irei com meu pai, fazer a transferência do dinheiro, torcendo para ol cambio ser mais favorável. Sabem, as vezes nos dizem, que quando não dá certo uma coisa, a gente não deve insistir, por que de certo não era pra ser. Faz sentido, mas não ligo muito, contudo, de qualquer forma, não insisti, não vou ir pra Portugal. Por outro lado, minha mãe logo disse, fecha-se uma porta, abre-se outra, quem sabe algo melhor não me espera? Medo de não ser como eu espero, embora TODOS dizem que é maravilhoso... não tenho. O ridículo é se acomodar. Bom ou ruim, poderá ser aqui, em Portugal, ou num hotel em Fernando de Noronha de graça, basta não estar fazendo o que se quer muito, e de coração.
Sinceramente, não acredito que será ruim. Poderei não ir a tantos lugares quanto queria... mas quem disse que eu quero parar? Ainda mais se gostar... Conviver com outras culturas, ter experiências novas, aprender e praticar outro idioma no dia-a-dia, conhecer lugares, histórias, estórias... e mais, sentir falta de quem se ama e dar mais valor ainda. Isso também é a prender!
Uns podem dizer que de nada vale, que é um dinheiro mal empregado, que não vai me agregar nenhum valor profissional, que eu poderia investir em outras coisas, embora eu ache que na parte de emprego, um inglês bem aprimorado é um bom diferencial... Enfim, poderão muitos dizer coisas que não me farão desanimar, tão pouco desistir... poderão falar que a minha família não estava pode podendo bancar isso... não quero provar nada pra ninguém, embora as vezes eu me sinta imensamente superior por ter essa oportunidade. O dinheiro se recupera, a oportunidade não. O saber não ocupa lugar... e mais, podem te deixar nu, podem te deixar sem nenhum um tostão no bolso, podem te tirar tudo, mas o teu saber: jamais.
E é por isso ser uma pena que muitos ainda andem com viseiras, e achem que não é tão importante assim a educação. É uma pena que ainda existam pessoas que não possam realizar seus sonhos, por que alguém, muitas vezes eleitos com a confiança delas, desviou a verba que iria para parte da realização desses sonhos... é uma pena, é triste mas é verdade. Lamentável, como possam ainda não deixar as pessoas ao menos, chegarem com seus barquinhos, no Porto de seus sonhos... mesmo assim, mesmo que pareça difícil, mesmo que pareça que não há outro caminho, mesmo que pareça que tudo conspira contra você... uma coisa eu afirmo: não ancore o seu barquinho esperando que alguém tire ele dali. Você mesmo vai ter que ir atráz do jeito de sair... e navegar!

Elen Concari de Aguiar, 22 de Julho de 2009. 23:35h